Quando o assunto é sexo depois dos
Para quem acha que temas como masturbação e fantasias são tabus, a sexóloga reforça que estas podem ser estimulantes e tornar as relações mais prazerosas.
Vida sexual feliz pode, inclusive, não envolver os órgãos genitais. Aqui, a imaginação pode ser o limite.
Como manter uma vida sexual ativa depois dos 50 não é resposta que encontramos em alguma cartilha, muitos menos na bula de um remédio, as relações sexuais na terceira idade podem estar intimamente ligadas às relações de uma vida inteira.
Segundo a terapeuta sexual, e professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Regina Moura, uma pessoa que sempre encarou o sexo como obrigação, dificilmente terá uma vida sexual prazerosa. “Uma mulher que passou toda sua vida odiando ter relações com o marido, dificilmente vai querer continuar a ter ou vai julgar importante as relações sexuais depois dos 50 anos", diz a terapeuta.
Ainda é recorrente a idéia de que o cessar da menstruação marca o fim da vida sexual das mulheres, reforça Regina Moura. Daí, muitas usam a menopausa como desculpa para recusar o sexo.
As fantasias sexuais se enquadram no mesmo dogma.
Na cabeça de muita gente, diz Regina, soltar a imaginação ainda é uma atitude que requer coragem. "É preciso entender que essa fantasia está relacionada ao prazer e aos pensamentos que despertam o desejo sexual, e não a sentimentos proibidos", defende a sexóloga.
“Todos podem e devem fantasiar com o sexo. Porém, é preciso que algumas delas permaneçam no terreno das fantasias, uma vez que podem implicar em sofrimento para o outro”, alerta Regina.
Fantasiar ou não, depende de cada um.
Para muitas pessoas, uma vida sexual mais “tranquila” já é o suficiente. “Alguns necessitam realizar as fantasias porque precisam, constantemente, enfrentar desafios para que a relação se mantenha. Aí, estão sempre inventando ou descobrindo algo novo, porque precisam de motivação. Outros, mais serenos, contentam-se com fantasias mais “básicas” e outros ainda não precisam de nada mais, porque simplesmente não querem nada mais do que o que já fazem”, diz.
Quando se trata de sexo, portanto, não existe certo ou errado. O que está em questão é a atitude de cada um. “Talvez o mais importante seja sentir-se sexualmente atraente. E para exercer a sua sexualidade – que é muito diferente de ter relação sexual – tanto a mulher quanto o homem não precisam, necessariamente, ter contato genital, e sim expressarem como mulher ou como homem, e terem prazer em viver como tal.
Ter uma vida sexualmente feliz não significa, necessariamente, ter uma vida genitalmente ativa”, finaliza a terapeuta.
Autora: Regina Moura. Para entrar em contato com a terapeuta sexual Regina Moura, envie um email para: regemoura@gmail.com
Fonte: http://www.maisde50.com.br