28 de dezembro de 2013

Auto Conhecimento: o norte e a bússola na nossa travessia-vida



Vejamos os grandes mistérios que devíamos tentar descobrirmos sozinhos: onde está nossa força, coragem, dignidade, quais são nossos limites emocionais do amor e do ódio, quais são nossas fraquezas, qualidades, dons? Afinal, qual o aspecto positivo e negativo que se encontra impregnada em nossa personalidade? Contudo, se estivermos aptos, formos humildes, para assimilar a ajuda dos maravilhosos profissionais do bem-estar, poderemos cultivar a benéfica semente que eles plantam em nossa consciência e fazermos desabrochar o que há de melhor em nós mesmos; talvez, até descobrir novos frutos em nossa própria árvore! 
A busca de um alento só resolve momentaneamente uma situação; contudo, para que o equilíbrio perdure deve-se fazer uma renovação de conceitos, buscar quem somos, qual nossa potencialidade. Toda vez que somos afrontados pelas pessoas ou situações da vida, com perdas e complicações, o nosso medo aflora e perdemos o contato com a realidade. Não somos capazes de enfrentar o problema porque o confronto entre o que nós queremos e o que os outros desejam são diferentes; então, recuamos e sofremos. 
Este ponto é a característica principal do início do autoconhecimento que poderá nos levar a iluminação interior ou se o negarmos tendemos à escuridão da alma. Se a pessoa gosta de sofrer e sentir-se culpada por todas as mazelas de sua vida, então, ficará inerte, sem achar uma saída. Se a pessoa passa por grandes revezes e consegue continuar planejando a vida, então, conseguirá encontrar uma solução satisfatória. Bem, mas é difícil descobrir novos caminhos quando se está sem esperança, não é verdade? 
A saída será sempre uma só: reconhecer as falhas, erros, potencialidades, qualidades; assim, sabendo quais são os limites (bons e maus) é que poderemos iniciar o processo de autoconhecimento. Por exemplo, se sou orgulhoso, tenho que desenvolver a humildade; se sou egoísta, tenho que ser mais generoso; se sou reflexivo, tenho que ser mais expansivo; se sou sonhador tenho que ser mais prático; se fui traído tenho que aprender a perdoar; se sofro necessito buscar a harmonia. 
O único caminho capaz de atingir o autoconhecimento é a profunda reflexão das experiências obtidas na vida, pois podemos analisar nosso comportamento e compreender nossas ações. Agindo dessa forma, tendemos a evitar a repetição de erros, tais como, sempre brigarmos pela mesma coisa, termos o mesmo desfecho em todos os relacionamentos ou no trabalho. Somente parando, refletindo e analisando a nós mesmos é que poderemos encontrar a paz interior.

Nunca é tarde para iniciar o autoconhecimento!
___________________________________________
Texto baseado no livro "Onde está minha felicidade? Nei Naiff - Ed. Nova Era".


26 de dezembro de 2013

Volúpias e Silêncios


O avanço da idade não indica perda do apetite sexual. A maioria das pessoas acha que os idosos não mantêm relações sexuais e até mesmo que não podem tê-las.
De acordo com o site Saúde Vida On-line, sexo na terceira idade, além da satisfação física, reafirma a identidade de cada parceiro, demonstrando que cada pessoa pode ser valiosa para a outra, trazendo também auto-estima e felicidade. Junto ao sexo também estão valores muito importantes na terceira idade: a intimidade, a sensação de aconchego, o afeto, o carinho, o amor.
O passar dos anos causa uma diminuição da função sexual, provocando uma queda na freqüência das relações. No caso da mulher, após a menopausa, esta pode apresentar perda de libido e outros fatores que contribuem para esta diminuição, enquanto o homem pode apresentar impotência e perda da sensibilidade. 
Na maioria das vezes o maior problema ainda se deve aos fatores emocionais e psicológicos, pois quando se comparam aos mais jovens, os senhores e senhoras se sentem inferiores e chegam a acreditar que não atraem mais o sexo oposto. 
O efeito Viagra tem mudado um pouco essa visão. Com ele os homens depois da andropausa, conseguem ter a ereção com mais rapidez, além de durar por mais tempo, revigorando a masculinidade dele e fazendo com que a mulher se sinta mais desejada.
Sexo é bom, faz bem para a saúde física e mental. Se adaptar ao sexo de acordo com sua idade, faz com que a coisa fique ainda mais bonita. 
Ser jovem, ser bonito e, muitas vezes, ser uma pessoa sem sentimentos, sem amor é uma pobreza. Melhor vive quem pensa mais no afeto, na companhia do que só no tesão.
Postado por "Nem defeitos, nem qualidades" 
O fantasma feminino


24 de dezembro de 2013

Estão usando você? Saiba lidar com a culpa.



Não precisamos nos esforçar muito para compreender o quão difícil é lidar com o sentimento de culpa. Causa dor, aponta a existência de “feridas emocionais” que continuam dando sinais de que ali existem registros de situações mal resolvidas e também pelas armadilhas que este sentimento evoca.
Culpa ou vergonha?
São maneiras de nos redimirmos diante de alguém ou situação, em que certamente não foi possível agir de forma melhor. Um meio de fazer autocrítica de nossas atitudes, que nem sempre podem estar bem-direcionadas. Podemos entender como sendo uma maneira de restaurar algum “tipo de falha” e resgatar alguma sensibilidade perdida por meio da consciência, fazendo-nos conscientizar acerca da nossa conduta e, com isso, um modo de falhar menos com as pessoas e poder ser uma melhor pessoa. 

A consequência dos seus atos
A culpa lhe coloca em contato com a repercussão das suas ações. E poderá requisitar-lhe, fazendo algumas ponderações.
O desastre que a envolve é que, ao assumirmos algum tipo de dano que tenhamos cometido em uma situação específica, buscamos um meio de indenizar aqueles em que sentimos “estar em débito”, seja em razão das suas atitudes ou por estar sendo cobrada (o) de algum modo.
A importância da culpa como forma de recuperar o valor e significado das consequências decorrentes de nossas ações é vital para o aperfeiçoamento de qualquer pessoa, mulher, homem... Enfim, se ela puder fazer recuperar um senso estético e crítico, acaba por pretender em si mesmo o perdão, o arrependimento e o próprio pedido de desculpas. Pois suas ações são resultados de suas constatações, em que a culpa pede por si só a reparação. E esse é seu traço positivo. 

Os acionadores de culpa 
A manipulação deste sentimento existe e muitos se arvoram desse estratagema a fim de serem poupados de consequências que teriam que enfrentar. De forma curiosa aquele que desencadeia no outro o sentimento de culpa, acaba buscando meios de fazer com que este se sinta culpado por pretender algo diferente, contrário ao seu interesse. E pede uma espécie de “compensação” para que sua liberdade esteja atrelada ao querer daquele que se coloca como vítima. Trata-se de um jogo perigoso que funciona para aqueles que visam obter “ganhos” em razão de sua própria falta de conquista, capacidade para o aperfeiçoamento e aprimoramento, que todos nós somos requisitados a fazer e que no caso destes, não é adotado. 
Pessoas mais fracas são as que mobilizam a culpa em outras, pois precisam justificar a sua condição. Para que não se sintam esmagadas pela força de outros, posicionam-se como “coitadinhos” para que assim não haja um tratamento de igual para igual e sim o desnivelamento habitual de quem busca através dos recursos pessoais do outro a sua própria sustentação.
Falamos aqui daqueles que se comportam como “parasitas”, que não são exatamente quem eles são, por eles mesmos, e sim pela qualidade do depositário que encontram na pessoa escolhida para acionarem a culpa. Sendo esta a armadilha: mantendo-os atados e prisioneiros numa estrutura de relação de uso. Por isso cuide-se, podem estar usando você! 

LEIA MAIS, clicando na frase abaixo.



A crueldade dos manipuladores da culpa 
Aqueles que se ocupam de se realizar através dos outros, o mundo parece-lhe ser cruel. De certo modo há nestas pessoas uma espécie de incompreensão com o fato da vida ao seu redor não ser como ele exatamente quer. É como que entender que o mundo a sua volta não poderá medir esforços para agradá-la(o) simplesmente porque se trata da sua pessoa. Daí a função da culpa, um modo de manipular os sentimentos alheios, para que as pessoas lhe sirvam. Tal recurso faz uso das pessoas na condição de “escravos”. Tornando- o submisso, que necessita realizar e dar conta das demandas pessoais daquele que lhe aciona para tal fim. É preciso deixar claro que tais débitos são ficcionais e inimagináveis. Pois na visão de um manipulador e acionador de culpa, tudo dependerá do quanto você é ou foi capaz de frustrá-lo. Destituem-se de seus desafios e destinam a outros a capacidade de realizá-los em razão de pouco acreditarem em suas possibilidades. E para isso ganhar expressão usam você na condição de torná-lo servil aos seus propósitos. A frustração nunca será deste que te aciona a culpa. Deste modo, você é que estará vivendo por ela. 

Sendo humano até mesmo para sentir culpa 
É humano errar e igualmente reconhecer esta condição na medida em que se percebe algo que não foi possível antes. O grande aprendizado está em verificarmos que somos responsáveis pelas consequências do que quer que estejamos envolvidos e comprometidos.
Certamente que ninguém se sente culpado se não houver alguma espécie de ligação e expectativa com relação a algo, a alguém ou a um fato. Do mesmo modo quando estamos diante de uma situação em que falhamos, poderemos nos sentir “faltantes” com relação a esse episódio. E assim ocorre, faz parte da condição de não sermos absolutos.
A culpa por vezes é ilusória, pois na qualidade de pessoas, somos falíveis. Portanto não haveria pelo que Ser culpado. Certamente que a negligência é um recurso em que fica caracterizado “falhar” quando alguém necessita de você. Não sendo este o caso, sentir culpa com relação a algo está mais associado ao âmbito da própria relação do que propriamente do indivíduo em si, na sua particularidade. 

Autora: Luiza Cristina de Azevedo Ricotta, psicóloga e profª universitária. Trabalha com Desenvolvimento Pessoal e Profissional. Autora de vários livros sobre autoconhecimento.

4 de dezembro de 2013

Amor e sexo na terceira idade







Ainda são cometidos muitos equívocos em torno da atividade e do desejo sexuais na terceira idade, causados pela desinformação e pelo preconceito. É errônea a idéia segundo a qual, à medida que envelhecem, as pessoas perdem o desejo sexual. O que ocorre é um fenômeno natural que torna o sexo, assim como várias atividades, menos necessárias, com a idade. Todavia o decréscimo da freqüência das práticas sexuais, não significa desinteresse ou ausência do desejo sexual.


O que ocorre é uma despreocupação com a quantidade de relações e uma normalíssima preferência pela qualidade do sexo que se pratica, com o mesmíssimo nível de prazer obtido na juventude. Ao chegarem à terceira idade, o homem e a mulher já terão adquirido uma invejável experiência sexual e muita segurança em seus desempenhos. Não precisam mais provar nada a si nem a ninguém.


Outra idéia errônea é a que afirma que os homens perdem a potência e a ereção, que fracassam em suas tentativas de levarem a termo uma relação sexual. Este tipo de equívoco surge do preconceito em relação às pessoas mais velhas, que revelam a falta de informações sobre o assunto. O homem, na verdade é sexualmente potente enquanto seu coração estiver pulsando. Salvo em alguns casos, onde exista alguma doença orgânica, que impeça atividades físicas.


A diferença entre o jovem e o idoso diz respeito apenas no tempo que levam para obterem a ereção: na pessoa mais idosa, devido ao desgaste físico, a ereção é um pouco mais demorada. O interesse e o desejo sexual nada tem a ver com a idade. A idéia de que a pessoa de mais idade perde o interesse pelo sexo é errônea. O interesse sexual existe e deve existir sempre, pois ele é a própria expressão do impulso de vida. Após a menopausa, a mulher não perde o interesse e o prazer pelo sexo.


O pensamento machista e mesmo as próprias mulheres associam o período pós-menopausa com a perda do desejo sexual e para muitas com a incapacidade de serem atraentes ou desejadas. Mulher de idade avançada pode ter prazer sexual. O prazer sexual pode ser obtido e desfrutado pela mulher em qualquer idade. Carícias são agradáveis sempre.


Carinho sempre é bom de se dar e de se receber. A capacidade e a emoção do amor não pergunta a idade da pessoa atingida. Trocando em miúdos, " namore seu parceiro ". O namoro fortalece a união. Ponha de lado os preconceitos gerados por certas normas sociais, nada é mais importante que sua felicidade e o bem-estar de uma união.


Explore seu potencial de mulher!





Adaptação do artigo de José Roberto Paiva.

Publicado em 06/99









18 de novembro de 2013

Ah, este envelhecer!








Envelhecer explodindo de vida, alimentando-se do prazer. Envelhecer com os amigos, com os vizinhos, sem importar-se muito com o dogma e a sombra do preconceito. Envelhecer na santa paz de Deus, com a genética que Ele nos deu, envelhecer com Fé. Fé, paciência divina, que sustenta o espírito e faz da alma um menino travesso, sapeca e feliz... Fé de um guerreiro e de um aprendiz.


Envelhecer com a saliva e o paladar presentes na boca, com as lágrimas banhando os olhos, com a pele bronzeada pelo sol e pela lua, envelhecer com um sorriso largo no rosto afável, envelhecer como o bem que se quis, enxergando-se à frente do nariz.



Envelhecer não é tão doloroso assim.


Para alguns é o fim do mundo, e eu me pergunto: - O mundo tem fim?


Envelhecer é ganhar do tempo o tempo exato e lapidado para saber aproveitar, compartilhar, multiplicar todas as belezas e obras do sol nascente. Por que a sua idade mente?


Envelhecer é fazer da abobrinha o prato do dia e do açúcar a festa de domingo. Envelhecer é comer pela manhã, exercitar o corpo à tarde e relaxar ao anoitecer. É ir a praia, ao mercadinho, é ver novela, é ir ao cinema, ao shopping, é estar perto do que temos direito, é ser livre, é valorizar a pátria das células, o sangue que transita nas veias, e controlar a oxidação dos tecidos. Envelhecer é trazer no peito a medalha dos filhos, dos netos, dos bisnetos... é ver a cegonha várias vezes por ano, milhares de vezes sobrevoando o céu. Envelhecer é dar o colo confortável, o ombro, o abraço, o beijo apaixonado na face de um mimo querido. Saber envelhecer é qualquer carinho!



LEIA MAIS, clicando na frase abaixo



O que são as doenças? Elas dão na gente e não nas pedras, dizia a minha avó. Nunca escolhe o dia mais certo ou o mais errado para chegar e nem mesmo bate a nossa porta como uma convidada exemplar. Doença é coisa de velho... você tem certeza do que fala ou pensa???. Cuidado com a sua crença.


O controle da mente, a vontade de existir, a mão firme mesmo que frágil, um dia menos triste, espanta qualquer vírus, nos livra da maca, do convênio e da emergência.


Envelhecer é estar de bem com as árvores, é ver o pássaro colorido, é respeitar o tempo da felicidade, é gostar-se como se gosta dos amigos. Envelhecer é cantar, dançar, acreditar na sabedoria. Envelhecer é algo que me anima, possui ritmo e melodia. É experimentar prazeres e galgar descobertas.


Ah, este envelhecer transformou-se em arte, Van Gogh, Monet, Sinatra. Envelhecer é dar bombom aos netos, é brindar a tecnologia. Meu avô, minha avó... Velhos amados, que eu pude ter. Estar velho, antigo, idoso seja qual for o nome dado, importa muito pouco o rótulo. Importa muito mais a garantia de vida. Os hormônios, a atividade física, são recursos que podemos optar sem desmerecê-los. O sexo está no desejo e devemos a ele saciar.


Amigos, aproveitem, envelheçamos sem preconceitos, quero vê-los na casa dos 90 com os nossos 30, 40, 50 e etc.


Quero estar onde vocês estiverem, com ou sem rugas, com ou sem cabelos brancos, mas repletos de paz e alegria! A vida não se aprende nas cartilhas, ela está em nossas mãos! Envelhecer exige acima de tudo perseverança e muita paixão.



    



31 de outubro de 2013

Não há sensação melhor: sinto estar perdida e salva ao mesmo tempo.







Fomos criados para sermos independentes. Passamos dias editando nosso plano de independência, mas às vezes parece-me perigoso quando este plano se torna extremo. Claro, não é uma construção de um dia, mas de todo um processo de crescimento/dogmas/crenças/etc. Senão, vejamos alguns "pensamentos hereditários" : 1) Nascemos sós e assim morreremos; 2) é preciso confiar desconfiando; 3) não existem amigos que estarão ao seu lado sem interesse ; 4) se quiser alguem em quem confiar, confie somente em si mesmo; 5) ..blablabla.


Cria-se a ideia de que quanto mais distante ou quanto mais armaduras você tiver, melhores serão os resultados, pois arriscar é atitude para os "desesperados/tolos/despreparados". Como estava dizendo, acabamos nos tornando individualistas como instinto de defesa, quando na verdade, muitas vezes não há ataque nenhum para "revidarmos". É uma guerra gratuita em que os únicos perdedores somos nós mesmos.


O individualismo extremado nos leva à solidão. A solidão é mais do que o sentimento de querer uma companhia ou querer realizar alguma atividade com outra pessoa não por que simplesmente se isola mas por que os seus sentimentos precisam de algo novo que as trasforme (wikipedia). a) Quantas vezes temos a companhia de várias pessoas e ainda assim mantemos a sensação de solidão? Não há sensação melhor do que quando abrimos o corpo e coração para o mundo. Claro, corremos o risco de sermos traídos, enganados, etc. Mas ainda assim vale a pena, por várias razões. Digo apenas duas.



LEIA MAIS, clicando na frase abaixo.







1. O peso da culpa, da impotência, da limitação e da pobreza de espírito tem um preço que o meu espírito não consegue pagar. É mais fácil cair e levantar, do que carregar este peso no corpo e na alma. É mais fácil andar com a cara limpa, sujar e lavar novamente, do que andar pintado e sentir a dor da mistura da pintura no corpo do "ser real".

2. As sensações são livres; os caminhos são livres..os sentidos são livres..você já olhou pro mundo com o coração aberto? para o mar? ..nem falo de outras sensações corpóreas como o abraço despreocupado se o outro está munido de alguma arma ou pronto para o ataque quando for estender o braço.





b) Mas também, Quantas vezes estamos sós e ainda assim mantemos a sensação de companhia?


Existem pessoas que mesmo que não morem na sua casa, transmitem a sensação de companhia. Companhia não é sensação física. Há pessoas que apesar de estarem ao lado, a única sensação que nos passa é a corpórea. Há pessoas que estranhamente te acompanham em silêncio e até ocupam um pedacinho de você. Isto acontece quando menos esperamos, mas nunca quando estamos fechados. Pois ao selecionar tanto o que deve ou não entrar pela armadura, acabamos perdendo a mágica, aquela sensação do simples. E nada se compara à sensação do que é simples.


O mundo se abre para quem está aberto. Abrem-se as portas e mais um céu pra os nossos dons... Quem ganha, mesmo, somos nós.





Autora: Jéssica C. escritora e poeta









1 de outubro de 2013

A doce leveza do amor em plenitude








Deixa isso pra lá, vem pra cá, o que é que tem, eu não to fazendo nada e nem você também...





Leveza é a palavra de ordem em qualquer circunstância da vida. Naturalidade, autenticidade, segurança e principalmente, certeza de estar aonde deveria e desejaria estar. A chave para isto? Paciência, autoconhecimento, trabalho neste sentido e cuidado. E no amor, a regra também é válida? Como em tudo na vida, no amor e no sexo não é diferente. Cultivar é o segredo.


Conhecer-se e conhecer ao outro, somam-se a ele. Saber exatamente quem é aonde e com quem deseja estar. Regra tão simples e tão desprezada por nós. Porque é que temos essa estranha mania de acharmos que somos deuses ou bruxos, que nada nos atingirá e que em um passe de mágica tudo se resolverá e ficará rosa e azul?


Nada mais gostoso que estar nos braços de alguém que sabe exatamente onde queremos chegar. Nada melhor que a certeza de estar sinalizando de uma maneira tranqüila e leve o que gostamos de sentir. Nada melhor, quando tudo isto é transmitido através de olhares e sentidos captados pelo profundo entendimento de um casal que se ama.



LEIA MAIS, clicando na frase abaixo.



E tem tempo para conquistar isso? Tem. Tem o tempo de cada um e tranquilidade é o que se consegue como resultado, muito ao contrário do que pensam hoje em dia as pessoas que se entregam umas as outras fortuitamente, sem ao menos uma conversa que as identifique em algum ponto.


É dispensável o tempo determinado entre estágios que medem o grau do relacionamento e ninguém precisa ficar o tempo todo pensando em casamento. Entretanto, algum tempo, palavras, olhares e toques, são necessários para um entendimento. É importante observar se, obedecendo-se a um instinto não estaria abrindo mão de um mínimo de sinalização contra um encontro nocivo e devassador que abalaria a estrutura de corpos e almas em vez de alimentá-los. Algum tempo há de ser dedicado.


Amar desta maneira não tem nada a ver em firmar um compromisso com alguém; tem a ver exatamente com o contrário. Tem a ver com a leveza do descompromisso e com o comprometimento de ser e de fazer o outro feliz, exatamente ali, naquele momento. E dessa maneira ir construindo uma rede de sintonia fina e apurada a cada encontro. Comprometimento em se doar além de tudo, e além de tudo, receber do outro com gratidão, tudo que vier para fazer feliz.


Observar, ponderar, cativar a cada dia, a cada encontro. Anotar no coração as sensações, as expressões e todo tipo de manifestação de satisfação ou de insatisfação do seu parceiro e ao ir com ele, ao encontro da alegria de estarem vivos e juntos, mais uma vez, levar consigo, uma cesta de cuidados.


As impressões não devem buscar a conquista que amarra em uma representação teatral encenando as artimanhas do amor, porém fazer crescer continuamente, o desejo de serem livres e completamente atados um ao outro pelo prazer de estarem juntos e somente isto. As intenções não devem transpor os limites da real felicidade, e nem precisa ser assim, pois é assim que perdemos a melhor parte, justamente quando desfocamos o agora.


Um desprendimento descomunal, somado a um cuidado visceral acompanhados de uma destreza desmedida em conhecer-se e conhecer o outro, cultivando o amor que por qualquer motivo ou circunstância os una, pode fazer de um casal, o casal mais feliz do mundo. E não tem título ou rótulo que identifique aqueles que os são. Somente eles e neles se pode reconhecer o estado de felicidade em que se encontram. Não tem condição que permita a um casal, saber mais do grau de sua verdadeira união, que o encontro de seus corpos, a sós e em plenitude. Somente a intimidade traçada por eles pode fazer com que transpareçam, aos olhos do mundo, um casal de verdade.





O que esta fora deles é teatro e de área em área, o fim, está com seus dias contados.





“Não busco aventura, mas alguém que enxergue a vida com todas as cores que ela possui e que queira compartilhar comigo o maior de todos os tesouros, o Amor.” – De um amigo.


_________________________________


Autora: Jussara Hadadd, filósofa e terapeuta sexual feminina









28 de setembro de 2013

Fizeram-nos acreditar...







Hoje é o momento ideal pra falar de sacanagem. Mas nada de ménage à trois, sexo selvagem


e práticas perversas, sinto muito.


Pretendo, sim, é falar das sacanagens que fizeram com a gente. Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. 


Não nos contaram que amor não é acionado nem chega com hora marcada.


Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.


Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo.Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.


Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada “dois em um”, duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso era que funcionava. 


Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.


Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório. 


Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.


Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.


Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.


Ah, nem contaram que ninguém vai contar. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz se apaixonar por alguém.





Martha Medeiros









25 de setembro de 2013

Se se morre de amor...







Há algum tempo, eu estava na casa de uma amiga assistindo à final da Copa, quando a filha desta, em meio às tagarelices com outras jovens, contava o final de um romance do autor português, Camilo Castelo Branco, que acabara de ler, no qual o protagonista, impedido de casar-se com a sua amada, adoece de tristeza, definha e morre de amor. As outras começaram a questionar a verossimilhança da história, atribuindo o final trágico aos exageros da mentalidade romântica e sentimentalista do século XIX. A mais descrente delas resolveu perguntar para o irmão, que passava pelo grupo, se podia alguém morrer de amor. Não pude perceber a resposta do jovem dada em meio a rumores de risadas e de falas alvoroçadas do grupo.


Esta pergunta, no entanto, trouxe-me à memória o poema de Gonçalves Dias, poeta do Romantismo brasileiro, que tem como título esta mesma indagação: “Se se morre de amor” . Falei para as jovens sobre isto, relatando a história romântica que envolve a composição do poema, prometendo-lhes que postaria aqui no blog alguma coisa sobre o assunto. Ora bem, eu pensava que a moçada não dava bolas para poesias de amor, que achavam brega as aventuras e desventuras românticas. Enganei-me. Entre muitas adolescentes, ainda sobrevivem almas românticas e sonhadoras que acreditam no amor, da mesma forma como perdura a eterna busca do “outro” e da completude inerente à reciprocidade amorosa. 


Na poesia "Se se morre de amor", um dos mais belos poemas de Gonçalves Dias, este estabelece a diferença entre o amor falso e o amor verdadeiro. Para ele, o amor falso é aquele nascido em festas, encontros fugazes, e desse amor não se morre. O amor verdadeiro é mais puro, os apaixonados experimentam efeitos parecidos com aos da contemplação religiosa: "Sentir sem que se veja a quem se adora. Segui-la sem poder fitar seus olhos”. E é desse amor que se morre. 


Ler a poesia sem conhecer o drama amoroso do poeta que lhe deu origem, equivale a perder muito da áurea romântica e humaníssima que a envolve. Portanto, vamos antes conhecer um pouco da triste e sofrida história do amor irrealizado de Gonçalves Dias e Ana Amélia.






LEIA MAIS, clicando na frase abaixo.








"Gonçalves Dias viu Ana Amélia pela primeira vez em 1846 no Maranhão. Era ela quase uma menina, e o poeta, fascinado pela sua beleza e graça juvenil, escreveu para ela as poesias "Seus olhos" e "Leviana". Depois, indo para o Rio, é possível que essa primeira impressão tenha desaparecido do seu espírito. Mais tarde, porém, em 1851, voltando a São Luís, viu-a de novo, e já então a menina e moça se fizera mulher, no pleno esplendor da sua beleza desabrochada. O encantamento de outrora se transformou em paixão ardente, e, correspondido com a mesma intensidade de sentimento, o poeta, vencendo a timidez, pediu-a em casamento à família.


 A família da linda Don`Ana -- como a chamavam -- tinha o poeta em grande estima e admiração. Mais forte, porém, do que todo este apreço era, naquele tempo no Maranhão, o preconceito de raça e de origem. E foi em nome desse preconceito que a família recusou o seu consentimento. O poeta era homem de cor, filho bastardo de pai português e de mãe mestiça das raças indígena e negra.


 Por seu lado o poeta, colocado diante das duas alternativas: renunciar ao amor de Ana Amélia ou à amizade dos seus preconceituosos pais. Preferiu sacrificar aquele a esta, levado por um excessivo escrúpulo de honradez e lealdade, que sempre revelou nos mínimos atos de sua vida. Tomado de tristeza, o poeta partiu para Portugal. A sua renúncia foi tanto mais dolorosa e difícil por que Ana Amélia, que estava resolvida a abandonar a casa paterna para fugir com ele, o exprobrou, dura e amargamente, em uma carta por não ter tido a coragem de passar por cima de tudo e de romper com todos para desposá-la!


 E foi em Portugal, tempos depois, que recebeu outro rude golpe: Ana Amélia, por capricho e para fazer acinte à família, casara-se com um comerciante, homem também de cor como o poeta e nas mesmas condições inferiores de nascimento. A família se opusera tenazmente ao casamento, mas desta vez o pretendente, sem medir considerações para com os parentes da noiva, recorreu à justiça, que lhe deu ganho de causa, por ser maior a moça. Um mês depois falia, partindo com a esposa para Lisboa, onde o casal chegou a passar até privações. Ana Amélia sofreu muito na companhia do marido ciumento e grosseiro.


Quis o destino que, em Lisboa, num jardim público, certa vez se caprichoso de defrontassem o poeta e a sua amada, ambos abatidos pela dor e pela desilusão de suas vidas, ele cruelmente arrependido de não ter ousado tudo, de ter renunciado àquela que com uma só palavra sua se lhe entregaria para sempre. Desvairado pelo encontro inesperado e por não ter sido cumprimentado pela jovem (decerto temerosa da reação do ciumento marido), que lhe reabrira as feridas e agora de modo irreparável, compôs as estrofes do longo poema "Ainda uma vez -- adeus --" as quais, uma vez conhecidas da sua inspiradora, foram por esta copiadas com o seu próprio sangue," segundo foi falado na época.





A poesia “Se se morre de amor”, foi também inspirada na dor pela perda de Ana Amélia, uma dor que o acompanhou até seu fim trágico, no naufrágio, na costa do Maranhão, do navio que o trazia de volta à terra natal, já muito doente. Todos se salvaram, menos o poeta que foi esquecido pelos demais em seu leito, morrendo afogado.





Como a poesia é muito longa, transcreverei apenas um trecho da mesma:





SE SE MORRE DE AMOR!





Se se morre de amor! - Não, não se morre, 


Quando é fascinação que nos surpreende 


De ruidoso sarau entre os festejos; 


Quando luzes, calor, orquestra e flores 





Assomos de prazer nos raiam n'alma, 


Que embelezada e solta em tal ambiente 


No que ouve e no que vê prazer alcança! 


Simpáticas feições, cintura breve, 





Graciosa postura, porte airoso, 


Uma fita, uma flor entre os cabelos, 


Um quê mal definido, acaso podem 


Num engano d'amor arrebentar-nos. 





Mas isso amor não é; isso é delírio 


Devaneio, ilusão, que se esvaece 


Ao som final da orquestra, ao derradeiro 


Clarão, que as luzes ao morrer despedem: 


Se outro nome lhe dão, se amor o chamam, 





D'amor igual ninguém sucumbe à perda.


Amor é vida; é ter constantemente 


Alma, sentidos, coração - abertos 


Ao grande, ao belo, é ser capaz d'extremos, 





D'altas virtudes, té capaz de crimes! 


Compreender o infinito, a imensidade 


E a natureza e Deus; gostar dos campos, 


D'aves, flores,murmúrios solitários; 





Buscar tristeza, a soledade, o ermo, 


E ter o coração em riso e festa; 


E à branda festa, ao riso da nossa alma 


fontes de pranto intercalar sem custo; 





Conhecer o prazer e a desventura 


No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto 


O ditoso, o misérrimo dos entes; 


Isso é amor, e desse amor se morre! 





Amar, é não saber, não ter coragem 


Pra dizer que o amor que em nós sentimos; 


Temer qu'olhos profanos nos devassem 


O templo onde a melhor porção da vida 





Se concentra; onde avaros recatamos 


Essa fonte de amor, esses tesouros 


Inesgotáveis d'lusões floridas; 


Sentir, sem que se veja, a quem se adora, 





Compreender, sem lhe ouvir, seus pensamentos, 


Segui-la, sem poder fitar seus olhos, 


Amá-la, sem ousar dizer que amamos, 


E, temendo roçar os seus vestidos, 


Arder por afogá-la em mil abraços: 





Isso é amor, e desse amor se morre!








(Gonçalves Dias)


















14 de setembro de 2013

Será que sabemos quem somos?

















Quem é você? Do que gosta? Em que acredita? O que deseja?


Dia e noite somos questionados, e as respostas costumam ser inteligentes, espirituosas e decentes. Tudo para causar a melhor impressão aos nossos inquisidores.


Ora, quem sou eu. Sou do bem, sou honesto, sou perseverante, sou bem-humorado, sou aberto - não costumamos economizar atributos quando se trata da nossa própria descrição. Do que gostamos? De coisas belas. No que acreditamos? Em dias melhores. O que desejamos? A paz universal. 


Enquanto isso, o demônio dentro de nós revira o estômago e faz cara de nojo. É muita santidade para um pobre-diabo, ninguém é tão imaculado assim. A despeito do nosso inegável talento como divulgadores de nós mesmos e da nossa falta de modéstia ao descrever nosso perfil no Orkut, a verdade é que o que dizemos não tem tanta importância. 


Para saber quem somos, basta que se observe o que fizemos da nossa vida. Os fatos revelam tudo, as atitudes confirmam. 


O que você diz - com todo o respeito - é apenas o que você diz. 


Entre a data do nosso nascimento e a desconhecida data da nossa morte, acreditamos ainda estar no meio do percurso, então seguimos nos anunciando como bons partidos, incrementamos nossas façanhas, abusamos da retórica como se ela fosse uma espécie de photoshop que pudesse sumir com nossos defeitos. 


Mas é na reta final que nosso passado nos calará e responderá por nós. 





Quantos amigos você manteve. 


Em que consiste sua trajetória amorosa. 


Como educou seus filhos. 


Quanto houve de alegria no seu cotidiano. 


Qual o grau de intimidade e confiança que preservou com seus pais. 


Se ficou devendo dinheiro. 


Como lidou com tentativas de corrupção. 


Em que circunstâncias mentiu. 


Como tratou empregados, balconistas, porteiros, garçons. 


Que impressão causou nos outros - não naqueles que o conheceram por cinco dias, mas com quem conviveu por 20 anos ou mais. 


Quantas pessoas magoou na vida. 


Quantas vezes pediu perdão. 


Quem vai sentir sua falta. Pra valer, vamos lá. 





Podemos maquiar algumas respostas ou podemos silenciar sobre o que não queremos que venha à tona. Inútil. A soma dos nossos dias assinará este inventário. Fará um levantamento honesto. 


Cazuza já nos cutucava: suas idéias correspondem aos fatos? De novo: o que a gente diz é apenas o que a gente diz. 


Lá no finalzinho, a vida que construímos é que se revelará o mais eficiente detector de nossas mentiras.


.


Amigos, tenham todos uma ótima semana !!!

(Martha Medeiros)






27 de agosto de 2013

O amor precisa ir além do corpo...






Recentemente, tenho começado a perceber como até mesmo a pessoa que eu amo é uma estranha para mim. Ainda assim, há um intenso anseio para sobrepujar a separação entre nós. Chega quase a parecer como se fôssemos duas linhas correndo paralelas uma à outra, destinadas a nunca se encontrar. O mundo da consciência é como o mundo da geometria, ou há uma chance de as paralelas se encontrarem?


Esta é uma das grandes misérias que todo amante tem de enfrentar: não há como dois amantes acabarem com o desconhecido, com o não-familiar, com a separação entre eles. Na verdade, todo o funcionamento do amor está ligado a isto: eles devem ser pólos opostos. Quanto mais distantes estão, mais atraentes. A separação é a atração entre eles. Eles se aproximam, chegam bem perto, mas nunca se tornam um


Eles chegam tão perto que parece que, um passo a mais, eles se tornarão um. Mas esse passo nunca foi dado. Não pode ser dado por pura necessidade, por causa de uma lei natural.


Pelo contrário, quando eles estão muito próximos, imediatamente começam a se separar novamente, a se afastar. Porque, quando eles estão muito próximos, a atração é perdida; eles começam a brigar, a reclamar, tornam-se rancorosos. Esses são os meios de se criar distância novamente. E quando a distância acontece, imediatamente eles começam a se sentir atraídos. E isso vai se repetindo como um ritmo: aproximan­do-se, afastando-se, aproximando-se, afastando-s


Há um anseio profundo para se tornarem um - mas em termos de biologia, em termos de corpo, não é possível se tornarem um. Mesmo enquanto estão fazendo amor, vocês não são um. A separação no nível físico é inevitável.


Você diz: "Recentemente, tenho começado a perceber como até mesmo a pessoa que eu amo é uma estranha para mim


Isso é bom. Isso faz parte de uma compreensão cres­cente.Somente pessoas infantis pensam que conhecem um ao outro. Você nem mesmo se conhece, como pode conce­ber que conhece o seu amado?



LEIA MAIS, clicando na frase abaixo.







Nem o amado se conhece, nem você se conhece. Dois seres desconhecidos, dois estranhos que não conhecem nada sobre si mesmos, estão tentando conhecer um ao outro - é um exercício fútil. Está fadado a se tornar uma frustração, um fracasso. Por isso todos os amantes ficam com raiva um do outro. Eles pensam que talvez o outro não lhe esteja permitindo entrar em seu mundo particular. “Ele está me mantendo separado, está me mantendo um pouco distan­te.” E ambos vão pensando da mesma forma. Mas não é verdade, todas as acusações são falsas. Simplesmente eles não entendem a lei da natureza.


Corporalmente, vocês podem se aproximar, mas não po­dem se tornar um. Somente no nível do coração vocês podem se tornar um - mas apenas momentaneamente, não permanen­temente.


No nível do ser, vocês são um. Não há nenhuma ne­cessidade de se tornarem um. Isso tem apenas de ser desco­berto.


Você diz: “Ainda assim, há um intenso anseio para so­brepujar a separação entre nós”.


Se você continuar tentando no nível físico, continuará fracassando. O anseio profundo simplesmente mostra que o amor precisa ir além do corpo, que o amor quer algo mais elevado do que o corpo, algo maior do que o corpo, algo mais profundo do que o corpo.


Até mesmo o encontro coração com coração - embora doce, embora imensamente deleitoso - ainda é insuficiente, porque ele ocorre somente por um momento e então, no­vamente, estranhos são estranhos. A menos que vocês des­cubram o mundo do ser, vocês não serão capazes de preen­cher o anseio profundo de se tornarem um. E o fato estra­nho é o seguinte: no dia em que você se tornar um com seu amado, você se tornará um com toda a existência também.


Você diz: “Chega quase a parecer como se fôssemos duas linhas correndo paralelas uma à outra, destinadas a nunca se encontrar”.


Talvez você não conheça a geometria não-euclidiana, pois ela ainda não é ensinada em nossos institutos educa­cionais. Ainda nos ensinam, nas universidades, a geometria euclidiana, que tem dois mil anos de idade. Na geometria euclidiana, as linhas paralelas nunca se encontram. Mas foi descoberto que, se você continuar e continuar e continuar, elas se encontram. A última desco­berta é que não existem linhas paralelas; por isso é que elas se encontram. Não se pode criar duas linhas paralelas.


As novas descobertas são muito estranhas: você não pode nem mesmo criar uma linha, uma linha reta, porque a terra é redonda. Se você criar uma linha reta aqui, se conti­nuar prolongando-a de ambos os lados e continuar e conti­nuar, finalmente, você descobrirá que ela se tornou um cír­culo. E se uma linha reta traçada até o seu máximo torna-se um círculo, ela, em primeiro lugar, não era uma linha reta; era apenas parte de um círculo muito grande, e uma parte de um círculo grande é um arco, não uma linha reta. As linhas desapareceram na nova geometria não-euclidiana e, quando não há linhas, o que dizer de linhas paralelas? Não existem linhas paralelas também.


Assim, se fosse uma questão de linhas paralelas, ha­veria uma chance de os amantes poderem se encontrar - talvez na velhice, quando eles não podem mais lutar, não têm mais energia disponível ou ficaram tão acostumados que... Qual o sentido? Já tiveram aquelas mesmas discus­sões, os mesmos problemas, os mesmos conflitos; ambos estão cansados um do outro.


Com o decorrer do tempo, os amantes até mesmo param de falar um com o outro. Qual o sentido? Porque começar a falar significa começar uma discussão - e é a mesma discussão, ela não vai mudar. Eles já discutiram tantas vezes e o fim é sempre o mesmo. Mas, mesmo assim, as linhas paralelas, no que diz respeito aos aman­tes... Na geometria elas podem começar a se encontrar, mas no amor não há nenhuma esperança; eles não podem se encontrar.


E é bom que eles não possam se encontrar, porque, se os amantes pudessem satisfazer seu anseio profundo de se tornarem um em termos de corpo físico, eles nunca olha­riam para cima. Nunca tentariam descobrir que há muito mais escondido no corpo físico - a consciência, a alma, o deus.


É bom que o amor fracasse, porque o fracasso do amor está destinado a levá-lo a uma nova peregrinação. O anseio profundo o perseguirá, até que ele o leve ao templo onde o encontro acontece. Mas o encontro sempre acontece com o todo, no qual estará o seu amor, mas no qual também esta­rão as árvores e os rios e as montanhas e as estrelas... Nesse encontro, somente duas coisas não estarão presentes: seu ego não estará ali e o ego do seu amado não estará ali. Fora essas duas coisas, toda a existência estará presente. E esses dois egos eram realmente o problema, era o que estava fazendo deles duas linhas paralelas.


Não é o amor que está criando o problema; é o ego. Mas o anseio profundo não será satisfeito. Nascimento após nascimento, vida após vida, o anseio profundo permane­cerá, a não ser que você descubra a porta certa para ir além do corpo e entrar no templo.


Um casal de velhos - um com 93 anos e o outro com 95- vai ao seu advogado e diz que quer se divorcia


“Divórcio?!”, exclama o advogado. “Na idade de vocês?


Mas, seguramente, vocês agora precisam mais que nun­ca um do outro! E, de qualquer forma, vocês estão casa­dos há tanto tempo! Qual o sentido disso?”


“Bem”, diz o marido, “nós estamos querendo o divór­cio há anos, mas achamos que deveríamos esperar até que os filhos morressem.”


Eles realmente esperaram! E todos os filhos morreram. Agora, não há nenhum problema, eles podem se divorciar. Não houve nenhum encontro, mas houve o divórcio.


Simplesmente mantenha o anseio profundo ardendo, chamejante. Não perca o coração


Seu anseio profundo é a semente da sua espiritualidade. Seu anseio profundo é o começo da união final com a existência. Seu amado é apenas um pretexto.


Não fique triste, fique feliz. Alegre-se de que não haja possibilidade de encontro no nível físico. De outra forma, os amantes não teriam nenhum meio de transformação. Eles permaneceriam atolados um com o outro, eles se destrui­riam um ao outro. E não há mal nenhum em amar um estra­nho. Na verdade, é mais excitante amar um estranho.


Quando vocês não estavam juntos, havia grande atra­ção. Quanto mais vocês se aproximaram, mais a atração se tornou nublada. Quanto mais vocês se tenham tornado co­nhecidos um do outro, superficialmente, menor é a excita­ção. A vida torna-se muito rapidamente uma rotina.


As pessoas vão repetindo as mesmas coisas sem pa­rar. Se olhar para o rosto das pessoas mundo afora, você ficará surpreso: por que todas essas pessoas parecem tão tristes? Por que seus olhos dão a impressão de que perde­ram toda a esperança? A razão é simples, a razão é a repetição. O homem tem inteligência; a repetição cria té­dio. O tédio traz a tristeza, porque a pessoa sabe o que vai acontecer amanhã, e depois de amanhã... até chegar à cova será a mesma coisa, a mesma história.


Um judeu e um polaco estão sentados à noite num bar, assistindo ao noticiário da TV. No programa, eles estão mostrando uma mulher de pé, sobre a saliência de um rochedo, ameaçando pular. O judeu então diz ao polaco:


“Vou lhe propor uma coisa. Vamos fazer uma aposta: se ela pular, eu ganho vinte dólares. Se ela não pular, você ganha vinte dólares. Certo?”


“Combinado”, diz o polaco


Alguns minutos mais tarde, a mulher salta despenhadeiro abaixo e morre. O polaco tira vinte dólares da carteira e dá ao judeu. Mais alguns minutos, o judeu se vira para o polaco e diz:


“Olhe aqui, não posso ficar com esses seus vinte dólares. Tenho que lhe confessar uma coisa: eu já tinha visto issono noticiário do início da tarde. Foi uma reprise o que passou agora.”


“Não, não!”, diz o polaco. “Você fica com o dinheiro, você o ganhou legitimamente. Olhe, eu também vi isso na TV no início da tarde.”


“Você viu?! Então por que apostou que a mulher não pularia?”, perguntou o judeu.


“Bem”, respondeu o polaco, “eu não pensei que ela fossetão estúpida para pular de novo!”


A vida é assim...


Essa tristeza no mundo, esse tédio e essa miséria po­dem ser mudados se as pessoas souberem que estão pe­dindo o impossível.


Não peça o impossível. Encontre a lei da existência e siga-a.


Seu anseio profundo de se tornar um com o outro é o seu desejo espiritual, é a sua própria natureza religiosa es­sencial. Só que você está focando o ponto errado.


Seu amado é apenas um pretexto. Deixe seu amado ser uma experiência para um amor maior - o amor por toda a existência


Deixe seu anseio profundo ser uma busca pelo seu próprio ser interior. Lá, o encontro já está acontecendo. Lá, nós já somos um. Lá, ninguém jamais se separou.


O anseio profundo é perfeitamente certo; apenas o objeto do anseio profundo não está certo. Isso está criando o sofrimento e o inferno. Simplesmente mude o objeto, e a sua vida se torna um paraíso.





Osho, em "Vida, Amor e Riso"














Leia mais:http://www.palavrasdeosho.com/2013/08/o-amor-precisa-ir-alem-do-corpo.html#ixzz2

23 de agosto de 2013

Seja verdadeira consigo mesma




















Lembre-se sempre de ser verdadeiro consigo mesmo. Para isso, é preciso estar atento a três coisas. Primeiro, nunca ouça alguém que diga o que você tem de ser. Ouça sempre a sua voz interior, o que você gostaria de ser. Do contrário, toda a sua vida será desperdiçada.





Há milhares de tentações à sua volta, porque existem muitas pessoas vendendo coisas por aí. Os supermercados, o mundo, as pessoas, todos estão interessados em lhe vender algo. Todo mundo é um vendedor e, se você ouvir vendedores demais, ficará louco. Não ouça ninguém, simplesmente feche os olhos e ouça a sua voz interior. É disso que trata a meditação: ouvir a sua voz interior.





A segunda coisa - que só é possível se você já tiver feito a primeira - é nunca usar uma máscara. Se você está zangado, fique zangado. É arriscado, mas não sorria, pois isso não será verdadeiro. Você aprendeu a sorrir quando está zangado, então o sorriso fica falso, vira uma máscara. É só um exercício com os lábios, nada mais. O coração está cheio de fúria, de veneno, e os lábios sorriem - você se tornou falso.





Outra coisa também acontecerá: quando você quiser sorrir, não conseguirá. Todo o seu mecanismo está revirado, pois quando quis ficar com raiva não pôde. Agora você quer amar, mas, de repente, descobre que o sistema não funciona. Quer sorrir, mas tem de forçar o sorriso. Seu coração está pleno de sorrisos e você quer rir alto, mas não consegue, algo fica reprimido no coração, engasgado na garganta. O sorriso não vem ou, se vem, é pálido e apagado. Não o deixa feliz. Você não se empolga com ele. Não há luminosidade à sua volta.





Quando quiser ficar com raiva, fique. Não há nada de errado em ficar com raiva. Quando quiser rir, ria. O que há de errado em rir alto? Pouco a pouco, verá que todo o seu organismo está funcionando. Dá para notar: sempre que o mecanismo de uma pessoa está funcionando bem, dá para ouvir um zumbido em torno dela. Ela caminha, mas o passo é como uma dança. Fala, mas suas palavras têm uma poesia sutil. Quando olha para alguém, de fato olha: não é indiferente, é calorosa. Quando toca, ela realmente o faz - você pode sentir a energia entrando em seu corpo, uma corrente de vida sendo transferida... Seu mecanismo está funcionando bem.





Não use máscaras. Se fizer isso, criará disfunções e bloqueios em seus sistemas. Existem muitos bloqueios no seu corpo. A pessoa que costuma reprimir a raiva tem os maxilares travados. Toda a raiva vai para os maxilares e fica estagnada ali. As mãos ficam feias. Não têm os movimentos graciosos de um dançarino porque a raiva vai para os dedos e fica ali, bloqueada.





Lembre-se, a raiva tem duas fontes. Uma são os dentes, a outra são os dedos, pois todos os animais, quando estão zangados, vão mordê-lo com os dentes ou arranhá-lo com as garras. Portanto, as unhas e os dentes são os dois pontos por onde a raiva é extravasada.





Eu tenho a suspeita de que, sempre que a raiva é muito reprimida, as pessoas têm problemas nos dentes. Os dentes estragam porque muita energia se acumula ali sem ser liberada. E qualquer um que reprime a raiva comerá mais - as pessoas com raiva sempre comem mais porque os dentes precisam ser movimentados.





As pessoas com raiva fumarão mais. Falarão mais: podem virar tagarelas obsessivas porque, de algum modo, os maxilares precisam se mover para que um pouco de energia seja extravasada. E as mãos das pessoas com raiva ficarão nodosas, feias. Se a energia tivesse sido liberada, as mãos poderiam ser belas.





Se você reprime alguma coisa, existe uma parte do corpo que corresponde a essa emoção. Se não quer chorar, seus olhos perderão o brilho, pois as lágrimas são necessárias. Se você chora de vez em quando, e as lágrimas começam a fluir, seus olhos ficam mais limpos, renovados, jovens, virgens.





Lembre-se de que, se você não consegue chorar de verdade, também não consegue rir, pois essa é a outra polaridade. As pessoas que conseguem chorar também conseguem rir. E talvez você já tenha visto isso em crianças: se riem muito e por muito tempo, depois começam a chorar, porque as duas coisas estão ligadas. Os dois fenômenos não são diferentes, é a mesma energia indo para polos opostos.





Portanto, não use máscaras - seja verdadeiro, custe o que custar.





A terceira coisa diz respeito à autenticidade: fique sempre no presente, porque toda falsidade vem do passado ou do futuro. O que passou passou - não se preocupe mais com isso. E não carregue o passado como um fardo; do contrário, isso não deixará que você seja autêntico no presente.





Além disso, tudo o que ainda não aconteceu de fato não aconteceu - não fique se preocupando à toa com o futuro, senão isso interferirá no presente e o estragará. Seja verdadeiro no presente e você será autêntico. Estar aqui e agora é ser autêntico.











Osho, em "Corpo e Mente em Equilíbrio"





Imagem por raysto




 


6 de julho de 2013

Por que o homem sofre?



O homem sofre por causa de seu desejo ardente, desejo de possuir aquilo que não pode ser possuído e desejo de manter as coisas que são essencialmente transitórias para sempre consigo.



E a mais importante dessas coisas é seu próprio ego, sua própria persona.



Mas todas as coisas são transitórias.



Exceto pela mudança em si, tudo muda.



Na verdade, nada é porque tudo é somente um processo, então assim que alguém tenta possuir qualquer coisa, ela escorrega e se vai.



O possuidor em si está escorregando e indo constantemente!



Então há frustração, e então há sofrimento. Conheça isto bem, entenda isto bem e não haverá sofrimento porque então você levantou a raiz.





Autor: Osho, em "Uma Xícara de Chá"

Imagem por brian fey

25 de junho de 2013

Para viver, não existe idade nem o tempo.




Saia Da Rotina.
"Embora o sol brilhe durante o dia e a lua surja por entre as estrelas,
um dia nunca é igual ao outro.
Não permita que sua vida se torne uma rotina,
roubando-lhe a alegria e o prazer de viver.
Procure, de vez em quando, mudar de ares e de ambiente para refazer
a energia de sua mente e de seu espírito.
Viva com alegria.
Para viver, não existe idade nem o tempo.
Renove-se para encontrar o verdadeiro equilíbrio e o prazer de viver."

(Iran Ibrahim Jacob)








5 de junho de 2013

Liberte-se da ansiedade...





"Acompanha a marcha dos acontecimentos sem sofreguidão.
A tua ansiedade ou o teu receio não alterarão o curso das horas.
Aguarda o que há de suceder, sem que te imponhas sofrimento desde a véspera.
O que pensas que acontecerá, talvez se dê, não, porém, da forma como aguardas,
porquanto a vida obedece a um plano de incessantes mudanças e transformações.
Desse modo, espera com harmonia íntima, afastando do teu programação a agitação e o medo."

Fonte: Vida Feliz








26 de maio de 2013

Sou uma pessoa velha, uma pessoa da terceira idade...







Sou uma mulher com mais de sessenta anos de idade, de bem com as rugas, com os cabelos brancos, com as limitações físicas naturais nos sexagenários e com muito gosto pela vida. Sou, portanto uma pessoa da terceira idade, ou melhor dizendo, uma pessoa “velha”. Sim... A palavra certa é esta: “velha”, como foram a minha mãe e minha avó, com muita dignidade e elegância, sem problematizarem os efeitos da passagem dos anos, sem lançarem mão de eufemismos idiotas para disfarçarem a indisfarçável velhice, como a abominavelmente hipócrita expressão “melhor idade” para nomearem o grupo etário no qual se integravam. Na época delas, este tipo de eufemismo ridículo não existia, da mesma forma que não haviam ainda criado outros igualmente cretinos como “deficiente visual” (cego), “afrodescendente” (negro), “funcionária do lar” (empregada doméstica), e centenas de outros, dentre os quais figura o deletério “melhor idade”. Execro essa abominável expressão, decerto criada por um jovem destituído da mínima noção da realidade dos velhos, sem nenhum resquício de sensibilidade para perceber as imensas e crescentes perdas e limitações que causam dor, frustrações, sofrimento, tristezas e solidão nos idosos.


Como pode alguém julgar a melhor idade de um ser humano justamente a faixa etária na qual chegam as dolorosas doenças reumáticas dificultando a locomoção, as falhas da memória causando vexames, a visão, a audição, o olfato e o paladar sofrem alterações, a liberdade de sair sozinha/o começa a ser controlada pelos zelosos familiares, Alzheimer, mal de Parkinson, AVCs, diabetes, pressão e colesterol altos são ameaças à qualidade de vida...


Portanto, para mim, a expressão “melhor idade”, além de ser uma lastimável e desrespeitosa ironia, é um deboche abominável! A infeliz expressão “Melhor Idade” não passa de uma execrável hipocrisia de gente piegas, chegada a uma frescurite que, no fundo, tem preconceito contra a antiga, consagrada e adequada expressão “velha” e “velho”, tem preconceito contra a “velhice” e, por isso, tenta adoçar com eufemismos cretinos o que sabem ser a mais difícil fase da vida, especialmente para os que ultrapassam a barreira dos 80 anos de idade.





A MELHOR IDADE, para mim, foi a fase da minha infância, até os 10 anos. Tempo das doces ilusões, da inocência, da crença na bondade dos homens e do mundo, o alheamento de problemas e a certeza de que a vida é mágica, as fadas existem, Papai Noel é um bom e generoso velhinho, a maldade só existe nas histórias de bruxas... E por aí seguem as delícias da infância, da melhor das idades.








12 de maio de 2013

Nada a temer















O que é o medo? Por que você está tão amedrontado? Mesmo que saibam tudo a seu respeito e você seja um livro aberto, por que ter medo? Como isso pode ferir você?

Apenas falsos conceitos, apenas falsos conceitos dados pela sociedade que você tem de se esconder, tem de se proteger, tem de estar constantemente com disposição para lutar, que todo mundo é inimigo, todos estão contra você.

Ninguém está contra você! Mesmo que sinta que alguém está contra você, saiba que essa pessoa também não está contra você - porque todo mundo está preocupado consigo mesmo, não com você.

Não há nada a temer. É preciso perceber isso para que um relacionamento verdadeiro possa acontecer.

Não há nada a temer.

Medite sobre isso! E então deixe que o outro entre em você; convide o outro a invadir você. Não crie nenhuma barreira em lugar nenhum; torne-se uma passagem sempre aberta, sem cadeados, sem portas, sem portas trancadas em você. Então o amor será possível.


Osho, em "Coragem: O Prazer de Viver Perigosamente"


 


 



2 de maio de 2013

Seja quem você é...










 Seja apenas quem você é e não dê a mínima para o mundo.





Então você sentirá um imenso sossego e uma profunda paz no coração. Isso é o que os zen-budistas chamam de "face original" — sossegada, sem tensão, sem pretensão, sem hipocrisia, sem as assim chamadas disciplinas acerca de como deve se comportar.





E, lembre-se, a face original é uma belíssima expressão poética, mas não significa que você terá um rosto diferente. Essa mesma face que você tem se livrará de toda tensão, ficará descontraída, não julgará ninguém nem coisa alguma, não achará que ninguém é inferior.





Essa mesma face, sob esses novos valores, será sua face original.





Osho, em "Coragem — O Prazer de Viver Perigosamente"


Imagem por Lucas Hoyos