31 de maio de 2014

Reciclagem de vida


Não sei se a vida se recicla. Não, talvez não. Mesmo se após um tempo de reflexão decidimos mudar nossa vida, seremos sempre nós mesmos no fim. Mudados, mas nós. Com todas as marcas e cicatrizes para que não nos esqueçamos do que fomos. Sabemos que jamais poderemos recolar os pedaços das coisas vividas e construir novas. Colchas de retalhos são muito bonitas, mas não passam de colchas de retalhos. Remenda-se panos, recola-se papel ou vidro, mas não se remenda vidas, não se recola momentos passados, coisas que deixamos pra trás. Recomeçar?
Sim. Recomeçar é possível, mesmo (e felizmente!) se já não somos os mesmos. Aprendemos, à custa de dor, mas aprendemos. Não cometeremos duas vezes os mesmos erros, não beberemos a mesma água. Durante anos vivemos como se não tivéssemos outras alternativas. A vida é assim, é o destino. Mas nosso destino, nós fazemos. Nossas prioridades, escolhemos e aprendemos a viver com elas. E só depois, mais tarde, é que nos questionamos sobre o fundamento das nossas escolhas. 
Há pessoas que acham que é tarde demais para mudar e continuam na mesma linha, mesmo se conscientes de que talvez esse não tenha sido o melhor caminho. Homens e mulheres que se mataram a vida toda para ganhar dinheiro terminam muitas vezes a vida sozinhos, cheios de dinheiro, vazios de amor.
E felizes há aqueles que descobrem que ainda é tempo para fazer alguma coisa. E que podem redefinir as próprias prioridades e assumi-las. Vai doer, mas vai valer a pena, porque no fim das contas vamos ter a consciência tranqüila de que tentamos. Um dos piores sentimentos que existem é o de não poder recapturar um momento que gostaríamos que tivesse sido diferente.
O eu de hoje não teria feito isso ou aquilo, mas o que eu era ontem não sabia o que sei agora. Se soubesse, teria cometido menos erros. Mas temos um Deus tão bom e tão grande que Ele está sempre nos oferecendo a opotunidade de nos redimir e fazer novas escolhas. E agora? Agora sabemos. Não vamos pegar atalhos. Eles podem ser atraentes, mas nos impedirão talvez de aproveitar as belezas da jornada
O caminho da vida é bonito, apesar de ser mais difícil para uns que para outros. Mas é bonito se sabemos tirar o máximo do que é bom. Noites escuras podem nos fazer ver mais claramente as estrelas. Só veremos o nascer do sol se acordarmos cedo. Coisas simples que a natureza nos ensina. Reciclagem de vida? Talvez sim. Talvez sejamos, no fim das contas, uma colcha de retalhos da vida. Mas que sejamos então uma bela colcha nova enfeitando um quarto, um coração, talvez mesmo muitos corações e muitas vidas, a começar por nós mesmos

Autora: Letícia Thompson
Postado por Eva-RN

O orvalho da vida...

Nem a tristeza, nem a desilusão, nem a incerteza, nem a solidão...
... Nada me impedirá de sorrir...
Nem o medo, nem a depressão, por mais que sofra meu coração...
Nada me impedirá de sonhar...
Nem o desespero nem a descrença, muito menos o ódio ou alguma ofensa... Nada me impedirá de viver...
Mesmo errando e aprendendo, tudo me será favorável...
Para que eu possa sempre evoluir, preservar, servir, cantar, agradecer,
Perdoar, recomeçar...
Quero viver o dia de hoje, como se fosse o primeiro...
Como se fosse o último, como se fosse o único...
Quero viver o momento de agora, como se ainda fosse cedo,
como se nunca fosse tarde...
Quero manter o otimismo, conservar o equilíbrio e fortalecer
A minha esperança...
Quero recompor minhas energias para prosperar na minha missão 
e viver alegremente todos os dias...
Quero caminhar na certeza de chegar... Quero lutar na certeza de vencer...
Quero buscar na certeza de alcançar, quero saber esperar para poder realizar os ideais do meu ser...
ENFIM, quero dar o máximo de mim, para viver intensamente e maravilhosamente 
TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA!!!

(Desc.autor)

28 de maio de 2014

Sabotagens na própria vida

A sabotagem de um aparente desejo certamente significa que outro desejo foi atendido. Pode não estar claro para a pessoa a qual vontade ela está atendendo, pode ser uma vontade oculta.
É importante lembrar que a qualidade de vida é diretamente relacionada ao nível de consciência que temos de nossas escolhas diárias. Por isso, prestar atenção a seus pensamentos e sentimentos, sem censura, é um primeiro passo para evitar sabotagens.
Pessoas são seres complexos de tal forma que, dificilmente, desejam uma coisa só. Além disso, nem sempre os desejos, os valores pessoais e as conveniências da realidade estão em perfeita sintonia. Em geral, trata-se de um mar de contradições.
Enquanto podemos desejar duas ou mais coisas contraditórias – por exemplo, continuar a ver o programa de televisão e ir dormir por estar com sono –, muitos outros pensamentos concorrem com os desejos. Esses pensamentos são as regras aprendidas (dormir oito horas por noite) pelos pais, mestres, autoridades etc.
Um exemplo simples das contradições que reinam na mente humana pode ser o desejo de comer chocolate e o desejo de não engordar; a preocupação com o colesterol e as crenças do que significa uma boa alimentação, acrescidas do fato de o chocolate poder ser considerado uma fonte saudável de energia e prazer.
Outra situação de contradição pode ser o desejo de ter um parceiro de vida ao mesmo tempo em que se deseja liberdade, sem ser obrigado a dar satisfações a quem quer que seja. Querer independência e poder depender de outro simultaneamente.
Quanto menos uma pessoa conhece suas próprias contradições internas, mais facilmente ela vai sabotar alguns de seus desejos e/ou aspirações. É preciso tolerância e paciência consigo próprio para reconhecer os muitos aspectos que compõem nossas decisões. 
Interligar seus diferentes sentimentos, pensamentos e valores, respeitando as peculiaridades de cada um desses aspectos que integram o todo, é uma forma boa de evitar sabotagens pessoais.

Vivian Schindler Behar, psicóloga no CESAME - Centro de Saúde Mental Moreno e Cordás.