29 de dezembro de 2016

O mundo se abre para quem está aberto


Fomos criados para sermos independentes. Passamos dias editando nosso plano de independência, mas às vezes parece-me perigoso quando este plano se torna extremo. Claro, não é uma construção de um dia, mas de todo um processo de crescimento/dogmas/crenças.etc. Senão, vejamos alguns "pensamentos hereditários" :
1) Nascemos sós e assim morreremos;
2) é preciso confiar desconfiando;
3) não existem amigos que estarão ao seu lado sem interesse ;
4) se quiser alguem em quem confiar, confie somente em si mesmo; 
5) ..blablabla.

Cria-se a ideia de que quanto mais distante ou quanto mais armaduras você tiver, melhores serão os resultados, pois arriscar é atitude para os "desesperados/tolos/despreparados". Como estava dizendo, acabamos nos tornando individualistas como instinto de defesa, quando na verdade, muitas vezes não há ataque nenhum para "revidarmos". É uma guerra gratuita em que os únicos perdedores somos nós mesmos.

O individualismo extremado nos leva à solidão. A solidão é mais do que o sentimento de querer uma companhia ou querer realizar alguma atividade com outra pessoa não por que simplesmente se isola mas por que os seus sentimentos precisam de algo novo que as transforme (wikipedia). a) Quantas vezes temos a companhia de várias pessoas e ainda assim mantemos a sensação de solidão? Não há sensação melhor do que quando abrimos o corpo e coração para o mundo. Claro, corremos o risco de sermos traídos, enganados, etc. Mas ainda assim vale a pena, por várias razões. Digo apenas duas.

1. O peso da culpa, da impotência, da limitação e da pobreza de espírito tem um preço que o meu espírito não consegue pagar. É mais fácil cair e levantar, do que carregar este peso no corpo e na alma. É mais fácil andar com a cara limpa, sujar e lavar novamente, do que andar pintado e sentir a dor da mistura da pintura no corpo do "ser real".
2. As sensações são livres; os caminhos são livres..os sentidos são livres..você já olhou pro mundo com o coração aberto? para o mar? ..nem falo de outras sensações corpóreas como o abraço despreocupado se o outro está munido de alguma arma ou pronto para o ataque quando for estender o braço.

b) Mas também, Quantas vezes estamos sós e ainda assim mantemos a sensação de companhia?

Existem pessoas que mesmo que não morem na sua casa, transmitem a sensação de companhia. Companhia não é sensação física. Há pessoas que apesar de estarem ao lado, a única sensação que nos passa é a corpórea. Há pessoas que estranhamente te acompanham em silêncio e até ocupam um pedacinho de você. Isto acontece quando menos esperamos, mas nunca quando estamos fechados. Pois ao selecionar tanto o que deve ou não entrar pela armadura, acabamos perdendo a mágica, aquela sensação do simples. E nada se compara à sensação do que é simples.

O mundo se abre para quem está aberto. Abrem-se as portas e mais um céu para os nossos dons... Quem ganha, mesmo, somos nós.

Autora: Jéssica C. escritora e poeta


12 de dezembro de 2016

Casamento faz bem à saúde


Pesquisa revela que os casados têm menor chance de sofrer de depressão e ansiedade e que são mais felizes do que solteiros
Maridos e esposas têm menor chance de sofrer de depressão e ansiedade
Parece óbvio dizer que o casamento faz bem para o casal.
Mas além das alegrias da união, uma pesquisa apontou que homens e mulheres ficam menos aptos a desenvolver depressão e ansiedade após o matrimônio.
Cerca de 35 mil pessoas em 15 países participaram do levantamento, conduzido pela psicóloga neozelandesa Kate Scott, da Universidade de Otago em associação com a Organização Mundial de Saúde e a Universidade de Harvard.
A pesquisa mostrou que casar é melhor para a saúde mental e também física das pessoas de ambos os sexos do que a "solteirice".
Os homens apresentam possibilidade menor de ter depressão no primeiro casamento do que as mulheres.
Por outro lado, o estudo mostra que o fim da relação por divórcio, separação ou falecimento está ligado ao aumento no risco de perturbações, como abuso de substâncias pelas mulheres e depressão nos homens.
Dicas para um casamento ser bem sucedido
Conviver com alguém pela primeira vez não é fácil. Quando se trata de um parceiro com quem você acabou de se comprometer pelo resto da vida, a situação pode ser ainda mais complicada.
A vontade de ser perfeita, de satisfazer as vontades dele e de evitar que ele se arrependa de ter casado com você geram uma tensão desnecessária, quando o que deveria acontecer é os dois desfrutarem e se adaptarem à vida a dois.
Para isso, é preciso justamente que não fiquem juntos o tempo todo. Ou seja, dar espaço ao outro é essencial para que haja aquela vontade de se verem, como acontecia quando não conseguiam se ver todos os dias.
Confira algumas dicas para que nada fuja do controle e o casamento seja um sucesso.

Mãos à obra

A primeira manhã em seu novo lar, hora de dar aquele toque pessoal. Comece a decorar e ajeitar o espaço em conjunto. Fique atenta para não pintar os cômodos de rosa: lembre-se de que a casa também é dele.

Fique sempre linda
Ele ser seu marido não é desculpa para que você se descuide da sua aparência. Toda vez que ele te olhar, ele deve se lembrar por que te escolheu como esposa e companheira.

Autocontrole
Tenha em mente que a convivência pode trazer à tona algumas características dele das quais você pode não gostar. Antes de começar uma briga, respire fundo e tentem chegar num acordo.

As primeiras noites
Provavelmente ele não te olhará tão apaixonadamente como antes, nem com tanto desejo. A rotina e os assuntos da casa podem inibir um pouco a paixão. Não deixe que ela morra: faça surpresas à noite sempre que possível.

Transparência nas contas
É importante, desde o primeiro dia, que as contas sejam bem feitas para que o dinheiro nunca seja um problema. Procure adequar os gastos de acordo com a capacidade econômica de cada um.

Diga "não" às pequenas discussões
Tente não repreendê-lo como se fosse sua mãe e estabeleça tratos e acordos para dividirem a casa, o banheiro e o controle remoto da televisão.

Surpreenda-o
ão perca as pequenas coisas que fizeram com que vocês se apaixonassem. Coloque um bilhete de amor no bolso dele, faça uma visita inesperada, dedique uma canção, prepare uma noite romântica. O importante é manter acesa a chama do amor.

Aceite-o como ele é
Lembre-se de que nem todo o amor do mundo é capaz de fazer com que ele mude alguns hábitos que podem parecer irritantes. Ele já era assim antes de vocês se casarem, e mesmo assim você decidiu juntar-se à ele. Então não tente fazê-lo mudar mais do que ele estiver disposto a mudar.

Não seja possessiva
Só porque você se casou com ele, não quer dizer que agora é dona da vida e do tempo do seu marido. Deixe que ele tenha sua independência e seus espaços. Não proíba que os amigos dele o visitem, nem que ele saia para tomar uma cerveja com eles. Também não pegue no pé se ele chegar mais tarde, porque você também vai querer ter esse tempo para curtir suas amigas.






Sempre amigos


Por fim, nunca deixe de ser sua amiga. Faça com que ele tenha, em casa, tudo o que ele precisar, e procurem se divertir com as mesmas coisas de antes, como viagens, cinema, um passeio, festas. Dessa forma, ele nunca terá que procurar isso em outros lugares ou com outras pessoas.

2 de dezembro de 2016

O amor não tem idade!



Diz-se que o amor não tem idade, que não há outra razão para amar senão amar. No entanto, somos muitas vezes prisioneiros da idéia de que há idade certa para tudo. Se o tempo tem as suas regras e determina se somos crianças, adolescentes ou idosos, não é tão certo ao traçar o momento para amar.
O mundo desenha-se sob as mais diversas formas de amar e nós mortais, insistimos em negá-las como se tivéssemos medo de um fim anunciado. Gosto de pensar no amor na terceira idade como um renascer, um despertar de sentimentos, sensações, prazeres.

Ele com os seus 82 anos de idade e ela, bem mais nova é de realçar, com 73. A “diferença de idades” nunca foi um problema, embora tivesse sido o tema do primeiro encontro. Ultrapassadas as diferenças, namoraram secretamente durante 2 meses. As “escapadelas” aconteciam no Centro de Dia, pela altura do chá da tarde.
Perdiam-se no tempo e nas memórias que partilhavam um com o outro. Ambos viúvos, falavam dos “velhos” amores, dos filhos e netos que passaram a ser o centro das suas vidas. Ela dizia que “num determinado momento da vida deixamos de pensar em nós, como se já tivessemos vivido tudo a que tínhamos direito e sentimo-nos na obrigação de dar lugar aos mais novos”.
Dar lugar à vida, aos seus prazeres, ao amor. Nada podia ser menos verdadeiro! A idade levar-nos-á a atingir um grau de auto-controlo, de segurança, de discernimento e de tranquilidade que nos permitirá amar sem reservas. Porque nos parecerá estranho que dois idosos, presos à solidão dos seus momentos, não possam voltar a amar?
A interpretação deste amor é feita à luz de uma vida inteira de ilusões e desilusões, de momentos de incerteza e outros tantos de certeza, de horas de desânimo e segundos de convicção. Amar então pode revelar-se, nesta fase da vida, um equilíbrio necessário para o bem-estar emocional que espelha uma tão desejada qualidade de vida.
Eles... enfrentaram o preconceito dos filhos que ridicularizaram um “amor adolescente fora de tempo” e provaram que o amor é um pacto de cumplicidade a dois, podendo ser celebrado até por um simples tocar de mãos. Eles...vêem crescer os netos e reconhecem as cem marcas de amor que viveram no passado.
Eles... deixaram de se sentir sós e construíram um dia diferente daquele em que se espera, sem saber o quê nem por quanto tempo.
Eles...são imagem do amor na terceira idade ou numa idade qualquer!
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Autora: Dr.ª Vera Moutinho
 Fonte: http://www.dodouro.com/notícia

28 de novembro de 2016

Aprenda a ser feliz!

Aprender a viver feliz: é esse certamente o estudo mais importante, aquele a que devemos consagrar o melhor dos nossos esforços. O pensamento cria – seja essa a nossa primeira lição a aprender e a praticar – tanto o bem quanto o mal. É o que procuraremos demonstrar no decurso das nossas postagens. Nossa vida será o que forem nossos pensamentos. E progrediremos no caminho da felicidade na medida em que nosso pensamento for criador de maior bem.
E para tanto, contamos com o auxílio do nosso Guia interior, do Espírito que nos habita, e a que muitos dão o nome de intuição, mas que é o mesmo de quem São Paulo diz: “Vós sois os templos vivos do Espírito Santo. Será ele o único que poderá secretamente guiar nossa caminhada da sombra para a luz”.
Então, o que é progredir no caminho da felicidade? É diminuir o lapso de tempo necessário para substituir o pensamento e a palavra negativos, criadores de mal e de dor, pelo pensamento e a palavra positivos, criadores de alegria e de bem.
E teremos atingido nossa felicidade quando o pensamento positivo se apresentar espontaneamente ao nosso espírito. A prática é importante. Não deverá nem se inquietar, nem desanimar, quando não conseguir imediatamente o que deseja. Um pensamento negativo, logo repelido, não pode prejudicar a ninguém. Importa apenas aquele pensamento positivo que você conservar.

EXERCÍCIO: quando algum pensamento negativo de desânimo, de angústia, um “Não tenho sorte”, ou “nunca conseguirei sair desta...”, etc., lhe atravessar a mente, apague-o. Poderá mesmo fazer mentalmente o gesto de apagar uma frase do quadro-negro, ou de deletá-la do seu arquivo mental. E, em pensamento, escreva bem claramente o pensamento positivo. E conserve-o. Persuada-se de uma vez por todas de que, se você perseverar, dia virá em que o pensamento positivo se apresentará sozinho: a felicidade para você se terá tornado, então, um hábito.
(Fonte: Marcelle Auclair. La pratique du bonheur. Seuil. sd)

10 de novembro de 2016

Deixem-me envelhecer


Deixem-me envelhecer sem compromissos e cobranças,
Sem a obrigação de parecer jovem e ser bonita para alguém,
Quero ao meu lado quem me entenda e me ame como eu sou,
Um amor para dividirmos tropeços desta nossa última jornada,
Quero envelhecer com dignidade, com sabedoria e esperança,
Amar minha vida, agradecer pelos dias que ainda me restam,
Eu não quero perder meu tempo precioso com aventuras,
Paixões perniciosas que nada acrescentam e nada valem.
Deixem-me envelhecer com sanidade e discernimento,
Com a certeza que cumpri meus deveres e minha missão,
Quero aproveitar essa paz merecida para descansar e refletir,
Ter amigos para compartilharmos experiências, conhecimentos,
Quero envelhecer sem temer as rugas e meus cabelos brancos,
Sem frustrações, terminar a etapa final desta minha existência,
Não quero me deixar levar por aparências e vaidades bobas,
Nem me envolver com relações que vão me fazer infeliz.
Deixem-me envelhecer, aceitar a velhice com suas mazelas,
Ter a certeza que minha luta não foi em vão: teve um sentido,
Quero envelhecer sem temer a morte e ter medo da despedida,
Acreditar que a velhice é o retorno de uma viagem, não é o fim,
Não quero ser um exemplo, quero dar um sentido ao meu viver,
Ter serenidade, um sono tranquilo e andar de cabeça erguida,
Fazer somente o que eu gosto, com a sensação de liberdade,
Quero saber envelhecer, ser uma velha consciente e feliz!!!


Silvana Freygang

19 de outubro de 2016

Desapego!



O instinto de propriedade tem provocado grandes revoluções, ensanguentando os povos. Nas mais diversas regiões do planeta respiram homens inquietos pela posse material, ciosos de suas expressões temporárias e dispostos a morrer em sua defesa.
Isto demonstra que o homem ainda não aprendeu a possuir.
Com esta argumentação, não desejamos induzir a criatura a esquecer a formiga previdente, adotando por modelo a cigarra descuidosa. Apenas convidamos, a quem nos lê, a examinar a precariedade das posses efêmeras.
Cada conquista terrestre deveria ser aproveitada pela alma, como força de elevação.
O homem ganhará impulso santificante, compreendendo que só possui verdadeiramente aquilo que se encontra dentro dele, no conteúdo espiritual de sua vida. Tudo o que se relaciona com o exterior – como sejam: criaturas, paisagens e bens transitórios – pertence a Deus, que lhos concederá de acordo com os seus méritos.
Essa realidade sentida e vivida constitui brilhante luz no caminho, ensinando ao discípulo a sublime lei do uso, para que a propriedade não represente fonte de inquietações e tristeza, como aconteceu ao jovem dos ensinamentos de Jesus.

Fonte: extraído do livro “Caminho, Verdade e Vida”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel. Federação Espírita Brasileira.

30 de julho de 2016

Aceitemo-nos como somos;;;


A busca da perfeição seja física moral ou espiritual pulsa em cada pessoa, de forma mais acentuada em uns que em outros, conforme a evolução de cada um.
No entanto o conceito de perfeição varia imensamente, pois o que é perfeição para alguns não passa do início para outros.
O que importa nesse processo de busca da perfeição verdadeira é a capacidade de aceitarmos e entendermos em que estágio estamos.
Podemos considerar que estamos caminhando lentamente para a perfeição de nós mesmos, aceitando o nosso momento atual e olhando para o futuro com olhos de esperança e de fé, tanto em nós como no Cristo.
O importante é conseguir ser feliz no caminho da busca que empenhamos, pois de outra forma sofreremos durante muito tempo. Temos que nos aceitar com todas as nossas imperfeições, com todos os nossos medos, com todas as nossas dúvidas, pois tudo isso faz parte do nosso aprendizado.
Manter o foco em nós mesmos também é relevante, pois quando nos desviamos de nós e começamos a buscar parâmetros nos outros para medir o nosso grau de perfeição, estamos perdidos, pois sempre haverá alguém pior do que nós e sempre haverão outros muito melhores, então esse exercício 
de comparação gerará infinita infelicidade.
Assim, olhemos para nós com olhos de amor e de aceitação e vamos, no nosso tempo, buscando o esforço para melhorarmos a cada dia. 
Subamos a escada de luz, degrau a degrau.

25 de julho de 2016

Procurando Deus...



“Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. 
Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti. 
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti. 
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer. 
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro! 
Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho? 
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor. 
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? 
Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso? 
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. 
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia. 
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. 
Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas. 
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. 
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. 
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. 
E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste? 
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar. 
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Aborrece-me que me louvem. Me cansa que agradeçam. 
Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. 
Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar. 
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações? 
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti. 

Baruch Spinoza


16 de julho de 2016

Solidão...


Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto e circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...

SOLIDÃO é qundo nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.
_______________________________________________
Francisco Buarque de Holanda (Poeta, compositor e cantor)


11 de maio de 2016

Meu encanto é ser pluralíssima!




Eu sou melodia, sou valsa, sou emoções, sou mar revolto bramindo com fúria e sou também a prata das águas que as estrelas fazem brilhar em noites de veludo. Tenho o encanto das encantadoras e a frieza dos desiludidos. Sou valsa, sou tango, sou calor e sou gelo. Sou verdadeira, incapaz de ser falsa, mas inteligente para já saber que a palavra é de prata quando o silêncio é de ouro. Sou melodia, sou valsa, sou emoções desavindas ou controladas.

Sou uma sonhadora, uma tonta e, uma querida ou inimiga passageira. Não me dou com o mal e sempre pedi ajuda para quem me traíu. Já fui traidíssima e amada como só os poetas sabem amar. Em delírio, em paixão, em loucura. Pisco os olhos às estrelas, afago as nuvens, dou o braço ao vento e falo com a infinidade dos Oceanos mas não sou marada. Sou filha deles!

Sou um sono e muitos sonhos onde já me aconteceu de tudo Já estive no Paraíso, já acompanhei Jesus, já sonhei com pessoas de quem não gosto mesmo nada e nunca conheci pessoalmente. Já afaguei algumas e já desanquei noutras. Sou assim: doce e amarga, tonta e certinha. Rodopio, danço, sorrio à Vida, às flores, aos animais, às pedras (“eu hei-de amar uma pedra…”) e… sorrio para ti, meu amor.

(Autora: Maria Elvira Bento)
(foto:Ken Browar/Deborah Ory)


8 de maio de 2016

É hora de se embriagar...



"Perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são. 

E o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder: É hora de se embriagar! 

Para não serdes os martirizados escravos do tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas! De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha..."
(Fernando Pessoa)

Imagem via page Marcin Adam Wilczkiewicz lll

29 de abril de 2016

No caminho da felicidade


Aprender a viver feliz: é esse certamente o estudo mais importante, aquele a que devemos consagrar o melhor dos nossos esforços. O pensamento cria – seja essa a nossa primeira lição a aprender e a praticar – tanto o bem quanto o mal. É o que procuraremos demonstrar no decurso das nossas postagens. Nossa vida será o que forem nossos pensamentos. E progrediremos no caminho da felicidade na medida em que nosso pensamento for criador de maior bem.

E para tanto, contamos com o auxílio do nosso Guia interior, do Espírito que nos habita, e a que muitos dão o nome de intuição, mas que é o mesmo de quem São Paulo diz: “Vós sois os templos vivos do Espírito Santo. Será ele o único que poderá secretamente guiar nossa caminhada da sombra para a luz”.

Então, o que é progredir no caminho da felicidade? É diminuir o lapso de tempo necessário para substituir o pensamento e a palavra negativos, criadores de mal e de dor, pelo pensamento e a palavra positivos, criadores de alegria e de bem.

E teremos atingido nossa felicidade quando o pensamento positivo se apresentar espontaneamente ao nosso espírito. A prática é importante. Não deverá nem se inquietar, nem desanimar, quando não conseguir imediatamente o que deseja. Um pensamento negativo, logo repelido, não pode prejudicar a ninguém. Importa apenas aquele pensamento positivo que você conservar.

EXERCÍCIO: quando algum pensamento negativo de desânimo, de angústia, um “Não tenho sorte”, ou “nunca conseguirei sair desta...”, etc., lhe atravessar a mente, apague-o. Poderá mesmo fazer mentalmente o gesto de apagar uma frase do quadro-negro, ou de deletá-la do seu arquivo mental. E, em pensamento, escreva bem claramente o pensamento positivo. E conserve-o. Persuada-se de uma vez por todas de que, se você perseverar, dia virá em que o pensamento positivo se apresentará sozinho: a felicidade para você se terá tornado, então, um hábito.

(Fonte: Marcelle Auclair. La pratique du bonheur. Seuil. sd)
 

28 de abril de 2016

Como se tuas mãos fossem asas de anjo


Que os teus braços me envolvam como se as tuas mãos na minha cintura fossem asas de anjo. 

Toca-me mansamente e leva-me ao som da melodia sedutoramente envolvente. 

Leva-me para espaços inebriantes onde as tuas mãos me amparam nos sons musicais suaves e entontecedores que nos cadenciam os passos ao ritmo que nos leva, sem gritos, sem memórias, sem apelos que provocam e seduzem como se o ontem não tivesse acontecido.

Há tanto ritmo no meu corpo e há tanta sedução em ti. Vem comigo alegrar a vida ao compasso da melodia que nos une, quero ser a rosa que te prende com a sua fragrância.

 A valsa parou e nós paramos, sem som e sem magia sentimos a paixão que nos segreda. 

Comove-me a ligeireza do teu toque acetinado, mas não há, efetivamente, amor maior do que aquele que nos sabe agarrar, prender, enfeitiçar com um sorriso, um olhar e um toque quase imperceptível que nos abre o coração.

(Maria Elvira Bento)
(Foto: Elie Saab)


26 de abril de 2016

Pode vir quente que eu estou fervendo...


Gosto imensamente do que Jussara Haddad escreve, da forma como ela encara  sexo e sexualidade, sempre valorizando a relação amorosa, orientando, alertando e ensinando o que ela pode e  deve  ser  ensinado  às pessoas, notadamente mulheres, que lêem suas matérias,  inspiradas talvez nas muitas histórias e dramas  de clientes que a procuram para solicitar ajuda terapeutica.  Selecionei para hoje um artigo da autora que julgo de suma importância.

Que história é essa de fazer jogo duro com o seu amor, de dizer que não consegue misturar as coisas, de dizer por aí que vai fazer greve de sexo por que está com raivinha dele por uma banalidade qualquer e coisas desse tipo?

Fazer amor é o melhor caminho para fazer as pazes e fortalecer os laços que unem vocês dois. Pense bem: abrir mão do melhor momento de vocês por uma briguinha sem importância? Tão sem importância que jamais seria capaz de separá-los? Abrir mão da oportunidade de se livrar de qualquer sentimento negativo num momento delicioso que só vocês sabem como viver?

Estas pequenas diferenças, o casal resolve conversando e não fazendo pirraça sem sentido. Resolve conversando, colocando seus pontos de vista e de preferência depois de amar.

Depois do amor, os dois estão calmos, seguros de que ainda são um do outro, apaixonados naquele momento e menos dispostos às farpas que ferem e sangram as relações mais bem intencionadas.

Outra coisa importante: na cama, no leito de amor, na alcova não é lugar de resolver impasses. Muitos casais comentem este erro. "Vou mostrar a ela que não estou satisfeito porque ela comprou um presentinho pro nosso filho sem me perguntar!". "Ele vai ver só, vou mostrar a ele que a mãe dele não tem razão". E acham que mostram suas vãs razões, deixando de amar. Se corroendo por dentro, os dois. Morrendo de medo do resultado dessa atitude tão infantil e sem sentido.

Gente, não mistura as coisas não. A vida já está tão complicada e com tão poucas alegrias. Se você tem um amor, não despreza a dádiva de amar. Pare de perder tempo no caminho para a felicidade. Entre pessoas que se amam não pode haver joguinhos que ponham em risco a harmonia que o sexo gera entre os dois, não pode haver a ameaça da quebra do elo que os une. E falta de sexo entre duas pessoas que vivem juntas, que se gostam e que são saudáveis fisicamente e psicologicamente é fator de risco sim! Se você sabe que não vive sem a pessoa, pra que arriscar?

Sendo assim, se você "está de bico" com o seu amor, mas se ele vem chegando de mansinho, te pedindo desculpas, te fazendo um carinho, te enchendo de beijinhos e declarando o seu desejo, por favor, limpe a mente e o coração dessa magoazinha boba, esquente o seu corpo, corresponda às carícias, vá em frente. Não crie marcas negativas na vida de vocês.

Bandeira branca amor!

Veja só, não estou falando aqui de motivos como mentiras, traição e violência, coisas desse tipo sugerem a separação mesmo, certo? Não estou dizendo que os casais devam viver "entre tapas e beijos", não estou dizendo que se deva relevar faltas graves, estas sim, devem ser resolvidas e perdoadas para que o casal volte a se envolver sexualmente. Nestes casos, a paixão só tapa buracos e vai emendando um problema com o outro e no final dá mesmo um péssimo resultado.

Outro fato importante e que tem me chamado bastante atenção no consultório são as queixas relativas a parceiros que negam fazer amor e conseguem culpar o companheiro e fazê-lo acreditar nisso. "Você trabalha demais, você fica na academia olhando aquelas meninas bundudas, você só quer saber de estudar, você não me dá atenção, você só quer saber de ficar bonita, de ler, de crescer, de ser...".
Já adivinharam do que eu estou falando?

Estou falando de pessoas que em crise de identidade, com complexos de todas as maneiras, que não cuidam dos seus corpos, que negligenciam sobre sua vida profissional, sobre a qualidade da sua vida e que vivem como verdugos, se vitimando e atribuindo ao parceiro que por outro lado luta para ser feliz e somar na relação, a responsabilidade pela sua baixa libido e pela sua incompetência em contribuir para que a relação flua com alegria.

E o outro, bobo e bem intencionado, ocupado com o positivismo com que conduz a sua vida e a sua relação amorosa, fica procurando a culpa nele mesmo e tem uns que nunca descobrem que o parceiro é que é um problemático oportunista que se faz de coitadinho e suga todas as suas energias.

Como tenho visto gente cheia de vontade de viver sofrendo por isso! Leigos, despreparados, bem intencionados e puros que não conseguem enxergar que se uniram a um maluco potencial a um "sangue suga" em forma de gente e que até garantir a estabilidade da relação se disfarçou de bacana. Pessoas saudáveis querem amar, necessitam amar, fazer amor, fazer sexo, receber carinho, sentir prazer, transcender dos limites da realidade nos braços daquele em quem confia a sua intimidade.

A propósito, não sei se alguém teria coragem de usar, mas uma vez, recebi pela internet a notícia de que já tinha uma lei à beira de ser votada, para ser aplicada a cônjuges que se negavam a fazer amor...

Uau!
____________________________________
Autora: Jussara Hadadd é terapeuta holística.

25 de abril de 2016

Abre os braços ao infinito...



É natural que te apeteça chorar
Mas se o soluço te sufocar a garganta
Endireita as costas, levanta o queixo e sorri
Ri mesmo, abertamente,
Frente ao que te considera humilhado
Humilhante é humilhar-se os humildes.
É natural que te sintas só
E te percas na imensidão da tua solidão
Mas se ela fizer eco na tua vida e te sentires desesperadamente só
Abraça o ar que te rodeia
Respira profundamente e lembra-te
Que a vida é um desafio a longo prazo.
É um poema de heróis
Não de vencidos
Tu homem, tu mulher
Nasceram para vencer.
É natural que morras lentamente
Quando te afogas na saudade
E sintas o passado esvair-se pelos dedos
Como nuvens sopradas pelos ventos
É natural que te vires para trás
Na ânsia de caminhar para o aquém do tempo
Ansiando por recuperar sonhos e alvoradas.
É natural que as lágrimas
Queiram deslizar dos teus olhos,
E os joelhos se queiram dobrar
Ao peso dos passos parados
De quem não sabe por onde andar
É possível que a indecisão te desespere
E te sintas confusa nos dias
Que odeies o mundo que te rodeia
E que as pessoas para ti
Pareçam sombras esbatidas e fugidias
E te sintas só, desprezada,vazia, nada.
Nenhuma pessoa é ninguém!
Nem tu és o Mundo!
O que é o Mundo?
Vendavais de força
A espezinhar os fracos
Falta a força, não da Verdade
Mas a força que torna forte os fracos.
Há que iniciar a luta na selva da tua vida
Se te apetece chorar, ri
Ri, com serenidade
Se te apetecer quedar estático a um canto
Sem forças para reagir, levanta-te
Mesmo que não saibas como
Estático é que não!
Os cemitérios é que estão povoados
De estátuas adormecidas
Nos luares das noites frias.
Não deixes os outros sentir
A extensão da tua pobreza
Não mostres a simplicidade dos teus trajes
Nem as tuas ânsias secretas.
Não mostres a tua sede
Nem a tua fome, nem sequer o teu abandono
Tu, na selva, para sobreviver
Tens de mostrar força.
Não de armas.
Força dos fortes
Com dignidade e brilho no olhar
Se te apetecer chorar, ri!
Se te apetecer fugir, fica!
Se te apetecer acabar, vive!
Se te apetecer comer, espalha as migalhas
Se os teus pés estiverem feridos
Das pedras dos caminhos, dança
Se estiveres desesperadamente só abre os braços ao Infinito.
Olha em redor
Há algo vivo à tua espera!
Nunca espalhes o teu sangue,
A tua dor, o teu suor, a tua vida, sem luta.
Na vida, sobrevivem os fortes
Se és fraca, terás de deixar de O ser.
(m.e.b.)

Contempla-se o mar. À força de o vermos gastamo-nos nele, usamos por inteiro as suas quatro lembranças. Desconhece-se que delírio de ignorância nos vai arrebatar
(Marguerite Duras)

Autora: Maria E. Bento
Fonte: Blog Brumas de Sintra



24 de abril de 2016

Hoje, mando eu!

“Qualquer coisa que for capaz de fazer, ou que sonhe que é capaz, comece-a. A coragem traz consigo génio, poder e magia”. Se pensa assim, parabéns. Quem quer, quando quer, seja aquilo que for, já tem grande parte das possibilidades conquistadas porque a força de vontade desafia lógicas e correntes filosóficas; entra no campo dos mistérios, das ilusões, provoca hipóteses, desmistifica fantasias e não sucumbe facilmente (não é cereja no bolo…) perante as dificuldades.
Está mesmo disposta a vencer? Sente o fogo interior que a deixa desafiadora perante o medo (por vezes pânico) como se fosse uma corrente contínua que a dinamiza no cenário em que se move? Bom, a isso chama-se ânimo: ensina-a a enfrentar a apatia, a vencer a angústia, ajuda-a a disciplinar-se; torna-a competitiva, firme, determinada e impele-a a enfrentar o seu mundo que lhe mostra a longa avenida de obstáculos para serem ultrapassados.
A vida não dá nada gratuitamente, mas não deixa de responder quando se procura orientação. Pode não ser à nossa maneira mas, é seguramente, à maneira admirável das leis do Universo onde cada um de nós é célula vital. Por isso se sente (agora) que é capaz de concretizar o tal sonho, parabéns. Cumprimente-o (o sonho, claro). Ele está mesmo ao seu lado! Completamente realizado! Diga obrigada. Um coração agradecido, é um coração feliz!
Pois, hoje, estou assim: animada para tecer vida. Disposta a ousar. Segura para descodificar os sussurros inspiradores da madrugada -há muito que entre nós há uma química reconfortante e absoluta. Por isso, desafio. Espalho ideias envolvidas por palavras, gosto de gostar.
Hoje (gostava de dizer) mando eu! Hoje, estou para lá do instituído e inovo, num misto de utopia e provocação. Com leveza, vou transportar-me para o campo da excelência, levando comigo ânsias humanas, sem bases em estatísticas, mas sincronizadas com a esperança, com o futuro, visualizados na cadência contemplativa do sopro que me anima. Hoje, vou levar o meu banquinho e em cima dele, num jardim de Lisboa, falo para os que me queiram escutar.
- Que todas as crianças, em cada manhã ao sair de casa, digam: 

Bom dia, dia!
- Que os pais não sintam que os dias não têm horas para:
Brincar com os filhos
- Que os idosos não tenham só por companhia:
Programas de televisão
- Que os doentes não se sintam perdidos e abandonados pela
Família e pelos médicos
- Que os sem-abrigo se vistam de frio e desistam de
Viver
- Que os jardins não tenham
Bancos, flores, crianças e pássaros nas árvores
- Que nos lugares, nas vilas e nas aldeias não existam bandas
Que toquem aos domingos nos coretos
- Que não haja música de fundo
Nos hospitais, nos infantários, nos transportes e repartições públicas
- Que as grelhas de alguns canais ofereçam excessivas
Telenovelas
- Que nem todos os infantários e escolas primárias tenham nas manhãs e nas tardes
Um copo de leite morno e um sorriso para cada criança
- Que nas janelas e varandas não existam
Flores coloridas
- Que existam nas ruas
Animais abandonados
- Que não se ensine, ou se lembre, que o Mundo começa à porta da casa de cada um: na rua, no largo. Na vila, cidade ou aldeia
A limpeza é um sinal de civismo 
- Que o ser humano não tenha
Condições de dignidade para viver. Liberdade para escolher. Oportunidades para aprender e vencer
A coragem traz génio, poder e magia. Hoje, tive a coragem de mandar. Que o poder e a magia se abracem sobre o querer e a esperança se concretize 

Bruma de Sintra

23 de abril de 2016

O que trazemos e o que levamos...

 
Você vem ao mundo sem coisa alguma. Assim, uma coisa é certa: nada lhe pertence. Você vem absolutamente despido, porém com ilusões. É por isso que toda criança nasce com as mãos fechadas, cerradas, acreditando que está trazendo tesouros, e aqueles punhos estão vazios. E todos morrem com as mãos abertas. Tente morrer com as mãos cerradas, até o momento ninguém conseguiu. Ou tente nascer com as mãos abertas, ninguém conseguiu também.

Nada lhe pertence, então você está preocupado com qual insegurança? Nada pode ser roubado, nada pode ser tirado de você. Tudo o que você está usando pertence ao mundo. E um dia você terá que deixar tudo aqui. Você não será capaz de levar coisa alguma com você. “Será que estou no caminho certo?” As indicações de que você está no caminho certo são muito simples:

* Suas tensões começam a desaparecer.
* Você fica mais e mais senhor de si. Mais e mais calmo.
* Encontrará beleza em coisas que jamais concebeu pudessem ser belas.
* As menores coisas começarão a ter imenso significado.
* O mundo inteiro se tornará mais e mais misterioso a cada dia.
* Você se tornará menos e menos culto e mais e mais inocente como uma criança correndo atrás de      borboletas, ou pegando conchas do mar numa praia.
* Você sentirá a vida não como um problema, mas como uma dádiva, uma benção, uma graça.
Essas indicações crescerão continuamente se você estiver na pista certa. Não dependa de nada para ser feliz.
Você tem a VIDA!
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(Osho, no livro “Mais Pepitas de Ouro”)


                                   

A irritação: como compreendê-la e contorná-la.


Hoje é muito comum as pessoas dizererem: "Não fale comigo hoje, pois estou irratada(o)", "Não agüento mais fulano(a)! Ele(a) me irrita". Afinal, onde começa a irritação ? É o(a) outro(a) que te irrita ou é você que fica irritado ?
Os seus sentidos se irritam, e não você. Enquanto você estiver identificado com os sentidos a irritação permanece. Os sentidos existem como veículos de captação de cada instante. Você está recebndo dezenas de informações de todas as partes a cada instante.
Saiba que o seus sentidos estão impregnados de crenças, regras, julgamentos e interpretações distorcidas da realidade. Seus sentidos estão totalmente poluídos por uma reprogramação constante do que é certo ou errado.
Desde a infância os seus pais já diziam o que pode ou que não pode ser feito como se fossem buzinas intermináveis ressoando no seu aparelho auditivo. O seu cérebro mal se desenvolveu e você já foi programado para ser de um jeito.
A irritação é como um chiado de rádio fora da estação. É um mecanismo de defesa do ego. Os seus sentidos captam as informações do ambiente e das pessoas ali presentes e se o que você vê, escuta e sente não estiver dentro dos seus padrões de aceitação, possivelmente o sistema começará a sofrer estresse, gerando alteração do humor, desconforto físico e, consequentemente, muita irritação.
Esse mecanismo funciona através de duas palavras chaves: aceitação ou rejeição. Aceitação é igual a conforto. Rejeição é igual à tensão, desconforto. Pare um pouco, e reflita: com o que você realmente está irritado ? Com o outro ou com aquilo que você não aceita no outro? Com o ambiente ou com o visual não adequado que você acha do ambiente? A cidade é chata ou não está dentro dos seus padrões de conforto e diversão?
Portanto, se você se irrita constantemente, comece a rever os seus valores e princípios. É bem provável que eles estão saindo do padrão social e você queira mudar o que acontece a sua volta.
Quando a irritação surgir, faça uma pausa. Observe o dentro e o fora. Volte a sua atenção para os seus sentidos. Perceba-os. Reflita sobre o que está acontecendo? O que os seus sentidos estão captando que você não está dando conta?
Através dessas perguntas básicas você pode descobrir coisas que você não se dava conta. Não tente inibir a irritabilidade. Observe-a. Perceba-a e dialogue com ela.
É muito comum tentar sair imediatamente da situação quando se sentir irritada(o). Porém, isso não vai com que você se livre da irritação. Essa atitude apenas encobrirá a irritação fazendo com que a irritabilidade permaneça como pano de fundo, voltando ainda mais forte quando você se deparar com um novo estímulo.
Experimente praticar o silêncio e a observação. Não tome decisões precipitadas. Questione os impulsos, medite, descanse, fique sozinho quando puder. E lembre-se que você não é irritado, mas você fica irritado.

Reflexão:

"Sua raiva não pode ser justificada por nada. A razão para a sua raiva está sempre dentro de você."
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Autora: Elaine Lilli Fong
Instituto União
http://www.institutouniao.com.br/


21 de abril de 2016

A Solidão


Alguma vez você já se sentiu só? Você já procurou entrar fundo nesse sentimento de solidão para perceber o que acontece?
No vocabulário de língua portuguesa a palavra "solidão" significa: estado de quem se sente ou está só.
A solidão é um estado interno, a princípio um sentimento de que algo ou alguém está faltando. Uma sensação de separatividade e desconexão com algo ainda inconsciente, sendo que numa visão espiritualista é a separação de Deus, Eu Superior, Self, Vida ou o Todo.
Atualmente, existem em algumas cidades muitas pessoas que já moram só e que apresentam um a vida bastante independente. Não podemos dizer que são pessoas solitárias, desde que elas se sintam em paz com essa situação.
Entretanto, o que se mostra é que o sentimento de solidão pode estar presente em qualquer lugar ou situação. A pessoa pode sentir solidão durante uma festa com os amigos, no trabalho e até mesmo dentro de casa com a própria família.
Cada ser humano vem sozinho ao mundo, atravessa pela vida como uma pessoa separada e morre finalmente sozinho. As fases de passagem pela vida física e para além dela trazem muitas experiências, onde tudo é passageiro e impermanente. As situações, os encontros e os fatos da vida surgem, permanecem por algum tempo e se vão.
Portanto, procure refletir quando estiver sentido solidão. Com o que você ainda está resistindo no seu momento atual? Existe algo que precisa partir e você ainda não percebeu ou não aceitou essa possibilidade?
A idéia da separação e do estar só é apenas uma ilusão, pois nada se vai totalmente e nada está separado. Ficará sempre a lembrança no qual contém toda a experiência e vivência ocorrida o que é muito rico.
Perceber que você está se sentindo só é muito importante para o seu crescimento. Utilize desse sentimento como uma alavanca para assumir plenamente a sua vida, para agir a partir de si, fortalecer a sua base e seguir em frente, manifestando a sua própria força dentro dos seus objetivos.
Tenha a sua própria companhia, dê atenção, escute, e acolha aquilo que você é e manifesta. Seja o seu melhor amigo. A partir de então, você perceberá que a solidão deixará de existir naturalmente.
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Autora: Elaine Lilli Fong
Instituto União

20 de abril de 2016

O tempo que nos resta


De súbito sabemos que é já tarde.
Quando a luz se faz outra, quando os ramos da árvore que somos soltam folhas e o sangue que tínhamos não arde como ardia, sabemos que viemos e que vamos. Que não será aqui a nossa festa.
De súbito chegamos a saber que andávamos sozinhos. De súbito vemos sem sombra alguma que não existe aquilo em que nos apoiávamos. A solidão deixou de ser um nome apenas. Tocamo-la, empurra-nos e agride-nos. Dói. Dói tanto! E parece-nos que há um mundo inteiro a gritar de dor, e que à nossa volta quase todos sofrem e são sós.
Temos de ter, necessariamente, uma alma. Se não, onde se alojaria este frio que não está no corpo?
Rimos e sabemos que não é verdade. Falamos e sabemos que não somos nós quem fala. Já não acreditamos naquilo que todos dizem. Os jornais caem-nos das mãos. Sabemos que aquilo que todos fazem conduz ao vazio que todos têm.
Poderíamos continuar adormecidos, distraídos, entretidos. Como os outros. Mas naquele momento vemos com clareza que tudo terá de ser diferente. Que teremos de fazer qualquer coisa semelhante a levantarmo-nos de um charco. Qualquer coisa como empreender uma viagem até ao castelo distante onde temos uma herança de nobreza a receber.
O tempo que nos resta é de aventura. E temos de andar depressa. Não sabemos se esse tempo que ainda temos é bastante.
E de súbito descobrimos que temos de escolher aquilo que antes havíamos desprezado. Há uma imensa fome de verdade a gritar sem ruído, uma vontade grande de não mais ter medo, o reconhecimento de que é preciso baixar a fronte e pedir ajuda. E perguntar o caminho.
Ficamos a saber que pouco se aproveita de tudo o que fizemos, de tudo o que nos deram, de tudo o que conseguimos. E há um poema, que devíamos ter dito e não dissemos, a morder a recordação dos nossos gestos. As mãos, vazias, tristemente caídas ao longo do corpo. Mãos talvez sujas. Sujas talvez de dores alheias.
E o fundo de nós vomita para diante do nosso olhar aquelas coisas que fizemos e tínhamos tentado esquecer. São, algumas delas, figuras monstruosas, muito negras, que se agitam numa dança animalesca. Não as queremos, mas estão cá dentro. São obra nossa.
Detestarmo-nos a nós mesmos é bastante mais fácil do que parece, mas sabemos que também isso é um ponto da viagem e que não nos podemos deter aí.
Agora o tempo que nos resta deve ser povoado de espingardas. Lutar contra nós mesmos era o que devíamos ter aprendido desde o início. Todo o tempo deve ser agora de coragem. De combate. Os nossos direitos, o conforto e a segurança? Deixem-nos rir… Já não caímos nisso! Doravante o tempo é de buscar deveres dos bons. De complicar a vida. De dar até que comece a doer-nos.
E, depois, continuar até que doa mais. Até que doa tudo. Não queremos perder nem mais uma gota de alegria, nem mais um fio de sol na alma, nem mais um instante do tempo que nos resta.

( By Paulo Geraldo)
                                                 

17 de abril de 2016

Permitamos sermos livres




                                                         
Então eu estou aqui
E você também
Me permita ser o seu espelho esta noite
Como quem sabe no fundo
Que não há distância neste mundo
Pois somos todos uma só alma
Somos livres e não possuímos as pessoas
Temos apenas o amor por elas e nada mais
E é preciso ter coragem para
ser o que somos sustentar
uma chama no corpo sem deixar a luz se apagar
É preciso recomeçar no caminho que vai para dentro
vencendo o medo imaginado
assegurar-se no inesperado, confiando no invisível
desprezando o perecível, na busca de si mesmo 
Ser o capitão da nau no mais terrível vendaval
na conquista de um novo mundo mergulhar bem fundo
para encontrar nosso ser real
E rir pois tudo é brincadeira
Que cada drama é só nosso modo de ver 
A vida só está nos mostrando
Aquilo que estamos criando
Com nosso poder de crer 

Luís Antônio Gasparetto



15 de abril de 2016

Amor e sexo na terceira idade


De acordo com o site Saúde Vida On-line, sexo na terceira idade, além da satisfação física, reafirma a identidade de cada parceiro, demonstrando que cada pessoa pode ser valiosa para a outra, trazendo também auto-estima e felicidade. Junto ao sexo também estão valores muito importantes na terceira idade: a intimidade, a sensação de aconchego, o afeto, o carinho, o amor.
O passar dos anos causa uma diminuição da função sexual, provocando uma queda na freqüência das relações. No caso da mulher, após a menopausa, esta pode apresentar perda de libido e outros fatores que contribuem para esta diminuição, enquanto o homem pode apresentar impotência e perda da sensibilidade. 
Na maioria das vezes o maior problema ainda se deve aos fatores emocionais e psicológicos, pois quando se comparam aos mais jovens, os senhores e senhoras se sentem inferiores e chegam a acreditar que não atraem mais o sexo oposto. 
O efeito Viagra tem mudado um pouco essa visão. Com ele os homens depois da andropausa, conseguem ter a ereção com mais rapidez, além de durar por mais tempo, revigorando a masculinidade dele e fazendo com que a mulher se sinta mais desejada.
Sexo é bom, faz bem para a saúde física e mental. Se adaptar ao sexo de acordo com sua idade, faz com que a coisa fique ainda mais bonita. 
Ser jovem, ser bonito e, muitas vezes, ser uma pessoa sem sentimentos, sem amor é uma pobreza. Melhor vive quem pensa mais no afeto, na companhia do que só no tesão.

Postado por "Nem defeitos, nem qualidades" 
O fantasma feminio