29 de dezembro de 2016

O mundo se abre para quem está aberto


Fomos criados para sermos independentes. Passamos dias editando nosso plano de independência, mas às vezes parece-me perigoso quando este plano se torna extremo. Claro, não é uma construção de um dia, mas de todo um processo de crescimento/dogmas/crenças.etc. Senão, vejamos alguns "pensamentos hereditários" :
1) Nascemos sós e assim morreremos;
2) é preciso confiar desconfiando;
3) não existem amigos que estarão ao seu lado sem interesse ;
4) se quiser alguem em quem confiar, confie somente em si mesmo; 
5) ..blablabla.

Cria-se a ideia de que quanto mais distante ou quanto mais armaduras você tiver, melhores serão os resultados, pois arriscar é atitude para os "desesperados/tolos/despreparados". Como estava dizendo, acabamos nos tornando individualistas como instinto de defesa, quando na verdade, muitas vezes não há ataque nenhum para "revidarmos". É uma guerra gratuita em que os únicos perdedores somos nós mesmos.

O individualismo extremado nos leva à solidão. A solidão é mais do que o sentimento de querer uma companhia ou querer realizar alguma atividade com outra pessoa não por que simplesmente se isola mas por que os seus sentimentos precisam de algo novo que as transforme (wikipedia). a) Quantas vezes temos a companhia de várias pessoas e ainda assim mantemos a sensação de solidão? Não há sensação melhor do que quando abrimos o corpo e coração para o mundo. Claro, corremos o risco de sermos traídos, enganados, etc. Mas ainda assim vale a pena, por várias razões. Digo apenas duas.

1. O peso da culpa, da impotência, da limitação e da pobreza de espírito tem um preço que o meu espírito não consegue pagar. É mais fácil cair e levantar, do que carregar este peso no corpo e na alma. É mais fácil andar com a cara limpa, sujar e lavar novamente, do que andar pintado e sentir a dor da mistura da pintura no corpo do "ser real".
2. As sensações são livres; os caminhos são livres..os sentidos são livres..você já olhou pro mundo com o coração aberto? para o mar? ..nem falo de outras sensações corpóreas como o abraço despreocupado se o outro está munido de alguma arma ou pronto para o ataque quando for estender o braço.

b) Mas também, Quantas vezes estamos sós e ainda assim mantemos a sensação de companhia?

Existem pessoas que mesmo que não morem na sua casa, transmitem a sensação de companhia. Companhia não é sensação física. Há pessoas que apesar de estarem ao lado, a única sensação que nos passa é a corpórea. Há pessoas que estranhamente te acompanham em silêncio e até ocupam um pedacinho de você. Isto acontece quando menos esperamos, mas nunca quando estamos fechados. Pois ao selecionar tanto o que deve ou não entrar pela armadura, acabamos perdendo a mágica, aquela sensação do simples. E nada se compara à sensação do que é simples.

O mundo se abre para quem está aberto. Abrem-se as portas e mais um céu para os nossos dons... Quem ganha, mesmo, somos nós.

Autora: Jéssica C. escritora e poeta


12 de dezembro de 2016

Casamento faz bem à saúde


Pesquisa revela que os casados têm menor chance de sofrer de depressão e ansiedade e que são mais felizes do que solteiros
Maridos e esposas têm menor chance de sofrer de depressão e ansiedade
Parece óbvio dizer que o casamento faz bem para o casal.
Mas além das alegrias da união, uma pesquisa apontou que homens e mulheres ficam menos aptos a desenvolver depressão e ansiedade após o matrimônio.
Cerca de 35 mil pessoas em 15 países participaram do levantamento, conduzido pela psicóloga neozelandesa Kate Scott, da Universidade de Otago em associação com a Organização Mundial de Saúde e a Universidade de Harvard.
A pesquisa mostrou que casar é melhor para a saúde mental e também física das pessoas de ambos os sexos do que a "solteirice".
Os homens apresentam possibilidade menor de ter depressão no primeiro casamento do que as mulheres.
Por outro lado, o estudo mostra que o fim da relação por divórcio, separação ou falecimento está ligado ao aumento no risco de perturbações, como abuso de substâncias pelas mulheres e depressão nos homens.
Dicas para um casamento ser bem sucedido
Conviver com alguém pela primeira vez não é fácil. Quando se trata de um parceiro com quem você acabou de se comprometer pelo resto da vida, a situação pode ser ainda mais complicada.
A vontade de ser perfeita, de satisfazer as vontades dele e de evitar que ele se arrependa de ter casado com você geram uma tensão desnecessária, quando o que deveria acontecer é os dois desfrutarem e se adaptarem à vida a dois.
Para isso, é preciso justamente que não fiquem juntos o tempo todo. Ou seja, dar espaço ao outro é essencial para que haja aquela vontade de se verem, como acontecia quando não conseguiam se ver todos os dias.
Confira algumas dicas para que nada fuja do controle e o casamento seja um sucesso.

Mãos à obra

A primeira manhã em seu novo lar, hora de dar aquele toque pessoal. Comece a decorar e ajeitar o espaço em conjunto. Fique atenta para não pintar os cômodos de rosa: lembre-se de que a casa também é dele.

Fique sempre linda
Ele ser seu marido não é desculpa para que você se descuide da sua aparência. Toda vez que ele te olhar, ele deve se lembrar por que te escolheu como esposa e companheira.

Autocontrole
Tenha em mente que a convivência pode trazer à tona algumas características dele das quais você pode não gostar. Antes de começar uma briga, respire fundo e tentem chegar num acordo.

As primeiras noites
Provavelmente ele não te olhará tão apaixonadamente como antes, nem com tanto desejo. A rotina e os assuntos da casa podem inibir um pouco a paixão. Não deixe que ela morra: faça surpresas à noite sempre que possível.

Transparência nas contas
É importante, desde o primeiro dia, que as contas sejam bem feitas para que o dinheiro nunca seja um problema. Procure adequar os gastos de acordo com a capacidade econômica de cada um.

Diga "não" às pequenas discussões
Tente não repreendê-lo como se fosse sua mãe e estabeleça tratos e acordos para dividirem a casa, o banheiro e o controle remoto da televisão.

Surpreenda-o
ão perca as pequenas coisas que fizeram com que vocês se apaixonassem. Coloque um bilhete de amor no bolso dele, faça uma visita inesperada, dedique uma canção, prepare uma noite romântica. O importante é manter acesa a chama do amor.

Aceite-o como ele é
Lembre-se de que nem todo o amor do mundo é capaz de fazer com que ele mude alguns hábitos que podem parecer irritantes. Ele já era assim antes de vocês se casarem, e mesmo assim você decidiu juntar-se à ele. Então não tente fazê-lo mudar mais do que ele estiver disposto a mudar.

Não seja possessiva
Só porque você se casou com ele, não quer dizer que agora é dona da vida e do tempo do seu marido. Deixe que ele tenha sua independência e seus espaços. Não proíba que os amigos dele o visitem, nem que ele saia para tomar uma cerveja com eles. Também não pegue no pé se ele chegar mais tarde, porque você também vai querer ter esse tempo para curtir suas amigas.






Sempre amigos


Por fim, nunca deixe de ser sua amiga. Faça com que ele tenha, em casa, tudo o que ele precisar, e procurem se divertir com as mesmas coisas de antes, como viagens, cinema, um passeio, festas. Dessa forma, ele nunca terá que procurar isso em outros lugares ou com outras pessoas.

2 de dezembro de 2016

O amor não tem idade!



Diz-se que o amor não tem idade, que não há outra razão para amar senão amar. No entanto, somos muitas vezes prisioneiros da idéia de que há idade certa para tudo. Se o tempo tem as suas regras e determina se somos crianças, adolescentes ou idosos, não é tão certo ao traçar o momento para amar.
O mundo desenha-se sob as mais diversas formas de amar e nós mortais, insistimos em negá-las como se tivéssemos medo de um fim anunciado. Gosto de pensar no amor na terceira idade como um renascer, um despertar de sentimentos, sensações, prazeres.

Ele com os seus 82 anos de idade e ela, bem mais nova é de realçar, com 73. A “diferença de idades” nunca foi um problema, embora tivesse sido o tema do primeiro encontro. Ultrapassadas as diferenças, namoraram secretamente durante 2 meses. As “escapadelas” aconteciam no Centro de Dia, pela altura do chá da tarde.
Perdiam-se no tempo e nas memórias que partilhavam um com o outro. Ambos viúvos, falavam dos “velhos” amores, dos filhos e netos que passaram a ser o centro das suas vidas. Ela dizia que “num determinado momento da vida deixamos de pensar em nós, como se já tivessemos vivido tudo a que tínhamos direito e sentimo-nos na obrigação de dar lugar aos mais novos”.
Dar lugar à vida, aos seus prazeres, ao amor. Nada podia ser menos verdadeiro! A idade levar-nos-á a atingir um grau de auto-controlo, de segurança, de discernimento e de tranquilidade que nos permitirá amar sem reservas. Porque nos parecerá estranho que dois idosos, presos à solidão dos seus momentos, não possam voltar a amar?
A interpretação deste amor é feita à luz de uma vida inteira de ilusões e desilusões, de momentos de incerteza e outros tantos de certeza, de horas de desânimo e segundos de convicção. Amar então pode revelar-se, nesta fase da vida, um equilíbrio necessário para o bem-estar emocional que espelha uma tão desejada qualidade de vida.
Eles... enfrentaram o preconceito dos filhos que ridicularizaram um “amor adolescente fora de tempo” e provaram que o amor é um pacto de cumplicidade a dois, podendo ser celebrado até por um simples tocar de mãos. Eles...vêem crescer os netos e reconhecem as cem marcas de amor que viveram no passado.
Eles... deixaram de se sentir sós e construíram um dia diferente daquele em que se espera, sem saber o quê nem por quanto tempo.
Eles...são imagem do amor na terceira idade ou numa idade qualquer!
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Autora: Dr.ª Vera Moutinho
 Fonte: http://www.dodouro.com/notícia