9 de julho de 2010

Sexo depois dos 50? A regra é soltar a imaginação



Diga como você encarou o sexo desde a infância e é possível saber como ele é vivido depois dos 50 anos. Para quem acha que temas como masturbação e fantasias são tabus, a sexóloga reforça que podem ser estimulantes e tornar as relações mais prazerosas. Vida sexual feliz pode, inclusive, não envolver os órgãos genitais. Aqui, a imaginação pode ser o limite.


Como manter uma vida sexual ativa depois dos 50 não é resposta que encontramos em alguma cartilha, muitos menos na bula de um remédio, as relações sexuais na terceira idade podem estar intimamente ligadas às relações de uma vida inteira.


Segundo a terapeuta sexual, e professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Regina Moura, uma pessoa que sempre encarou o sexo como obrigação, dificilmente terá uma vida sexual prazerosa.


“Uma mulher que passou toda sua vida odiando ter relações com o marido, dificilmente vai querer continuar a ter ou vai julgar importante as relações sexuais depois dos 50 anos", diz a terapeuta.


Ainda é recorrente a idéia de que o cessar da menstruação marca o fim da vida sexual das mulheres, reforça Regina Moura. Daí, muitas usam a menopausa como desculpa para recusar o sexo.


As fantasias sexuais se enquadram no mesmo dogma. Na cabeça de muita gente, diz Regina, soltar a imaginação ainda é uma atitude que requer coragem. "É preciso entender que essa fantasia está relacionada ao prazer e aos pensamentos que despertam o desejo sexual, e não a sentimentos proibidos", defende a sexóloga.


“Todos podem e devem fantasiar com o sexo. Porém, é preciso que algumas delas permaneçam no terreno das fantasias, uma vez que podem implicar em sofrimento para o outro”, alerta Regina.


Fantasiar ou não, depende de cada um. Para muitas pessoas, uma vida sexual mais “tranquila” já é o suficiente. “Alguns necessitam realizar as fantasias porque precisam, constantemente, enfrentar desafios para que a relação se mantenha. Aí, estão sempre inventando ou descobrindo algo novo, porque precisam de motivação. Outros, mais serenos, contentam-se com fantasias mais “básicas” e outros ainda não precisam de nada mais, porque simplesmente não querem nada mais do que o que já fazem”, diz
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Por Maria Fernanda Schardong / Planeta da Mulher
                                

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